The End Is The Beginning Is The End
Em setembro de 2001 entrei para a Antena 3 e era um sonho tornado realidade.
Cresci a ouvir rádio, ouvia de tudo e tive a sorte de com a ajuda de um rádio antigo até conseguia apanhar a BBC em onda média, e desde cedo a paixão se instalou. O tal bicho da rádio. Não tenho a certeza quando comecei a fazer as primeiras gravações a imitar a rádio mas lembro-me porque aconteceram. Estava apaixonado e era a minha maneira de comunicar. Pegava nos discos que lá tinha em casa, desde Beatles até Pink Floyd, e gravava numa K7 com a ajuda de um microfone manhoso que os meus pais me ofereceram as emissões de rádio. Tinha a companhia do meu bom amigo Rafael e acima de tudo aquilo era uma brincadeira. Escolhia música para os momentos e até gravava telefonemas em direto. Tudo pela paixão. Ela sabia-o.
Durante anos fui alimentando a paixão pela rádio. Piratarias e tal. No secundário começam as brincadeiras para o pátio. Na faculdade continuam. E em 2001 tenho a oportunidade de prestar provas na 3. A ideia inicial é desenvolver notícias para a página online. Assim foi.
Nos primeiros anos lembro-me de acções que fizemos como o chat via mIRC com os Incubus. Sim, não me enganei. Quando os rapazes de Calabasas se estream ao vivo em Portugal passaram pelos estúdios da 3, na altura nas Amoreiras, e fizeram uma sessão de Perguntas & Respostas via IRC pelo canal #Antena3. Na altura era algo tão louco que tive que pedir para avisarem no FM que sim, eram mesmo eles que estavam ali, em formato virtual. E aí foi a loucura. Nunca vi tantas caixas de privados (PVT) a abrirem ao mesmo tempo. Uma loucura. Ou o trabalho diário que se fazia com os ouvintes no chat na página da 3. Ainda hoje em dia tenho pessoas que me dizem que conheceram o marido/mulher naquele chat. Fantástico!
Como já o escrevi aqui antes o trabalho nos festivais ao longo dos anos foi algo que deixou marcas e estive em praticamente todos. Vilar de Mouros, Sudoeste, Super Bock, Hype@Meco, Summer Fest, Isle of MTV, e outros que não me recordo.
Não posso deixar de referir as oportunidades únicas de trabalhar nos MTV Europe Music Awards que aconteceu em Lisboa ou no Live 8, ambos em 2005. A primeira tão surreal que ainda hoje não sei se é verdadeira. A segunda demasiado caótica e louca.
Tive também a oportunidade de sair para trabalhar, por exemplo em Paris. Em 2006 eu e a Catarina Limão viajamos para França para transmitir em direto o Festival Caixa com as atuações de Clã, Da Weasel e Xutos & Pontapés.
Isto tudo intercalado por momentos em estúdio e fora dele, onde nos auditórios das Amoreiras e no estúdio 25 de Chelas, se juntavam artistas como Sam Sparro, One Republic, entre tantos outros.
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