Depois de chegar a casa e instalar-me (não bem verdade mas ok) tenho finalmente a possibilidade (sobretudo em viagens de carro) os discos nacionais que me chegaram durante as férias (e não só). E não foram poucos, senão vejamos...
- Mão Morta "Nus"
Ainda não ouvi. Merece total devoção.
- Mercado Negro "Mercado Negro"
É um dos discos do verão de 2004, sem qualquer dúvida ! Boas canções, simples e apelativas a todos. Espero poder ver Messias ao vivo nos festivais de verão pois merece.
- Quinteto Tati "Exilio"
Uma grande surpresa em português. Quem não conhece, este é um dos projectos paralelos de JP Simões (vocalista dos Belle Chase Hotel) mas cantado inteiramente em português. E que belas histórias !
- MatoZoo "Funk Matarroês"
Já tinha recebido a algum tempo mas faltou-me o tempo para escutar com atençãoo. Gosto dos instrumentais mas acho que a tentação de usar palavrões a torto e a direito faz com que o disco perca o equilibrio.
- DEP "Esquece Tudo O Que Aprendeste"
Ainda não ouvi.
- Yellow W Van "Ninguém Faz Filmes de Olhos Abertos"
Estou a ouvir aos poucos... até agora sem opinião formada.
- Wraygunn "Eclesiastes 1.11"
Grande disco ! Mais uma vez Paulo Furtado surpreende e pela positiva. Mudou algumas coisas na banda, afinou uns pontos e ficou a ganhar. Disco do ano !
- Nuno.Nico "Nuno.Nico"
Nuno. Nico são Nuno Prata e Nicolas Tricot, respectivamente ex-Ornatos Violeta e ex-Red Wings Mosquito. Um projecto acústico baseado em canções polidas de amor. Trouxe-me memórias antigas mesmo estando a ouvir isto pela primeira vez. E só consigo pensar no Pluto...
- Ena Pá 2000 " A Luta Continua"
Ainda nao ouvi.
- XEG "Conhecimento"
Ouvi sobretudo quando estava de férias e gostei das rimas. O lado instrumental é que deixou algo desiludido mas ainda tenho de lhe dedicar alguma atenção.
- Clã "Rosa Carne"
Ainda fresco, está na lista de espera para as próximas horas.
Para já é tudo... mas já notaram que este ano estamos recheados de bons discos portugueses ? Como se diz na vitivinicultura, é uma boa colheita ! Para breve esperam-se novos episódios.
27/04/2004
25/04/2004
Alterações...
Por questões de regulamento interno, a empresa CTT - Correios de Portugal, S.A. impediu que o meu apartado fosse usado para receber correspondência dirigida a "Ponte Sonora", tendo ameaçado a sua devolução imediata ao invés de a colocar no apartado. Isto não se aplica apenas a correspondência com aviso de recepção e/ou para ser entregue em mão própria, aplica-se a toda a correspondência. Tal medida parece-me um pouco exagerada mas compreendo que com todo o clima de suspeição que se vive sejam tomadas estas medidas extremadas por forma a garantir a segurança quer da empresa quer dos clientes.
Se algum leitor já foi alvo de correspondência devolvida dirigida a mim, por favor re-envie-na colocando o meu nome pessoal (Manuel Silva) e não o nome do projecto em curso (nome de código "Ponte Sonora"). Esta medida aplica-se também a qualquer correspondência que venha a enviar: NÃO escrever o nome "Ponte Sonora", ESCREVER "Manuel Silva".
Mas não foi só o apartado que sofreu alterações. Também o motivo dos "Finalmente" que foram aqui escritos está a passar por uma fase de redefinição. Como isto é um blog essencialmente dirigido a amigos, não vale a pena andar com rodeios: eu e o Gonçalo não temos conseguido chegar a um entendimento para continuar em conjunto esta fase do projecto. Eu espero, muito sinceramente, que seja uma situação perfeitamente localizada no tempo e que depois de ultrapassada esta fase o Gonçalo abrace novamente a causa. Contrariamente ao que o Gonçalo escreveu aqui (afinal não existem "finalmentes"), eu acho que os finalmentes se mantêm válidos e tenho continuado a trabalhar para acelerar outros finalmentes.
Já que o apartado foi retirado da coluna lateral, aqui fica a morada direitinha para onde podem enviar notícias, músicas, cartas, etc.:
Manuel Silva
Apartado 1047
E. C. Valbom
4424-908 VALBOM GDM
Se algum leitor já foi alvo de correspondência devolvida dirigida a mim, por favor re-envie-na colocando o meu nome pessoal (Manuel Silva) e não o nome do projecto em curso (nome de código "Ponte Sonora"). Esta medida aplica-se também a qualquer correspondência que venha a enviar: NÃO escrever o nome "Ponte Sonora", ESCREVER "Manuel Silva".
Mas não foi só o apartado que sofreu alterações. Também o motivo dos "Finalmente" que foram aqui escritos está a passar por uma fase de redefinição. Como isto é um blog essencialmente dirigido a amigos, não vale a pena andar com rodeios: eu e o Gonçalo não temos conseguido chegar a um entendimento para continuar em conjunto esta fase do projecto. Eu espero, muito sinceramente, que seja uma situação perfeitamente localizada no tempo e que depois de ultrapassada esta fase o Gonçalo abrace novamente a causa. Contrariamente ao que o Gonçalo escreveu aqui (afinal não existem "finalmentes"), eu acho que os finalmentes se mantêm válidos e tenho continuado a trabalhar para acelerar outros finalmentes.
Já que o apartado foi retirado da coluna lateral, aqui fica a morada direitinha para onde podem enviar notícias, músicas, cartas, etc.:
Manuel Silva
Apartado 1047
E. C. Valbom
4424-908 VALBOM GDM
23/04/2004
Portugal nos olhos de muitos
Para encerrar um pouco os textos das minhas extensas férias pelo país de Asterix e Obélix, aqui fica umas notas soltas de coisas que encontrei em França sobre o nosso país e cultura.
1. António Lobo Antunes é um dos escritores mais consagrados. Tive a oportunidade de ler vários artigos sobre o seu novo livro.
2. Morrisey (sim, o lider dos Smiths) anda a ler Fernando Pessoa. Comprou alguns livros numa livraria de Los Angeles e anda apaixonado.
3. A colectânea "Nylon Showcase #3" encontra-se à venda nas melhores lojas de discos e incluida numa campanha de novos valores da música de dança de uma das melhores rádios locais parisiense.
4. O fado é o grande exportador da cultura musical portuguesa.
5. Na loja da Virgin dos Champs-Elysees encontrei 2 postos de escuta retirado da antiga loja do Rossio onde se podia ler: "Entre a mudança de cada disco, existe uma pausa.".
E acho que é tudo. De certeza que existem mais curiosidades lusas mas agora a cabeça não dá para mais.
Vou continuar a exorcizar os demónios !
1. António Lobo Antunes é um dos escritores mais consagrados. Tive a oportunidade de ler vários artigos sobre o seu novo livro.
2. Morrisey (sim, o lider dos Smiths) anda a ler Fernando Pessoa. Comprou alguns livros numa livraria de Los Angeles e anda apaixonado.
3. A colectânea "Nylon Showcase #3" encontra-se à venda nas melhores lojas de discos e incluida numa campanha de novos valores da música de dança de uma das melhores rádios locais parisiense.
4. O fado é o grande exportador da cultura musical portuguesa.
5. Na loja da Virgin dos Champs-Elysees encontrei 2 postos de escuta retirado da antiga loja do Rossio onde se podia ler: "Entre a mudança de cada disco, existe uma pausa.".
E acho que é tudo. De certeza que existem mais curiosidades lusas mas agora a cabeça não dá para mais.
Vou continuar a exorcizar os demónios !
22/04/2004
Portugal VS França
Para quem não sabe fui de férias durante algumas semanas para França. Basicamente para Paris e arredores. E durante este tempo todo tive oportunidade para ver e ouvir muitas coisas. E pensar bastante ou nada !
E aquilo que me leva aqui a escrever vai ser dividido em 3 tomos:
1 - Música
2 - Media
3 - Sociedade
E sobre cada um vou-vos deixar algumas ideias e conjecturas de que me apercebi e que aqui (ainda) podem deixar a vossa opinião.
MÚSICA
Quando fui apanhar o avião levava na bagagem alguns discos recentes da música portuguesa, casos de Xeg ou Loto. Que ouvi em doses reduzidas durantes as férias dedicadas a ouvir novos sons gauleses. E os casos foram muitos... Desde Autour de Lucie, Dominique A, Octet, Abd Al Malik, Sniper ou M, tudo passou pela colunas de várias aparelhagens. E obviamente que trouxe alguns para casa e outros que já estou a retirar do "pássaro azul" pois o $ não chega nem para metade. E vamos às contas:
Autour de Lucie "Autour De Lucie"
Confesso que pouco sei sobre este grupo. Tem mais de 10 anos de actividades e gravar este disco pelo qual me apaixonei mal ouvi na Virgin dos Champs-Elysees. É capaz de ser uma mistura entre o sentido bucólico dos Portishead com a clareza de uns Clã. Mas sei sei dizer bem...
Abd Al Malik "Le Face à face des coeurs"
Este rapper foi outro caso de quase paixão à 1ª escutadela. Este é o líder dos N.A.P. e editou agora este disco a solo que me fez lembrar o sentido romântico de uns Mundo Complexo ou de um NBC. Com letras fortes e ritmos bem produzidos, é um caso a ouvir e ouvir...
E para já ficamos por aqui... não vale a pena falar nos Octet...
Passando ao capítulo DVD aquilo que me espanta é os preços praticados. O DVD já existe há tempo suficiente para estarem algumas coisas (boas) a MID-Price e menos. Como o caso de:
NTM "Live au Zenith"
Nem vos vou dizer quanto me custou este DVD fantástico de umas das melhores bandas de rap francês. E estes concertos foram incriveis. Já agora, fiquei atentos pois o Khool Shen editou um disco a solo fantástico.
Para terminar o capítulo de música só falta referir o aspecto ao vivo.
The Shins, Le Tigre, Einsturzende Neubaten, Magik Malik Orchestra, Troublemakers, Zero 7 ou Blue Note Festival (Martin, Medesky & Wood, Jason Moran, etc) são só alguns dos casos estrangeiros.
Enfim... Portugal é uma tristeza !
MEDIA
E como não podia deixar de ser também vi muita TV, ouvi rádio e li jornais e revistas. E o que dizer ?
Na TV com 5 canais nacionais livres, os franceses estão servidos para todos os gostos, faixas etárias e credos (quase todos). Começando pelo Arte passando pela TF1, tudo se pode ver. Desde o magazine de cultura urbana de extrema qualidade ao "reality show" onde apresenta famosos fechados numa quinta a tomar conta do gado. Mas olhem para os blocos de noticias que geralmente não ultrapassam 40 minutos e bastante resumidos, com destaques ao futebol de 15 segundos e sem direito a imagens (excepto a vitório do Mónaco frente ao Real).
Na rádio o panorama não é diferente. Milhentas rádios locais de qualidade e as nacionais fogem ao estigma português de parecerem todas iguais. Oiçam a Le Mouv e a NRJ e digam-me onde se faz isso cá. Principalmente a NRJ com uma orientação para o mercado pop, r&b e rap muito grande e com resultados enormes. Mas nesta altura e há algum tempo que a Europe 2 domina o mercado sobretudo graças a um homem chamado Cauet. Ele é o génio das manhãs, já encheu o Olympia durante 4 horas e às 6 da manhã e tem graça, muita graça ! Seria possível fazer em Portugal ? Tenho dúvidas... Para terem uma ideia o homem tem um programa de TV semanal de 3 horas no prime-time da TF1 e vários pequenos na MCM (o programa mais visto do canal francês). Mas os números nem são o mais importante. Mas sim a postura, o trabalho e o resultado final.
Na imprensa escrita, gosto como sempre de ler o "Les Inrockuptibles" que me fez corar e sorrir ao ler vários artigos referindo Portugal (e já vou falar sobre isso daqui a pouco). Mas também outras tantas revistas como a Groove (com um CD oferta) ou outras. Mas comparando os dois países, porventura aquilo que fosse preciso era alguns jornalistas nacionais de irem novamente para a Sorbonne aprender umas coisas.
E aqui acaba o capitulo media, passamos ao final.
SOCIEDADE
Temos pano para mangas e madeira suficiente para nos queimarmos. E vou-vos falar de alguns exemplos por mim vividos para fazermos uma simples comparação entre os preços praticados nos dois mercados.
Big Mac (McDonalds): França - 3 euros / Portugal - 3 euros
ADSL (540k): França - 15 euros (sem limite real de downloads e contractos de efectivos) / Portugal - 25 euros (10 horas por mês e 1 ano de contracto).
Gasóleo: França - 0.840 / Portugal - 0.740
Jantar (para 2 pessoas num restaurante): França - 50 euros / Portugal - 50 euros
Olhando para este quadro comparativo só se pode dizer: alguém nos anda a roubar !!!
Portugal está sem poder de compra e temos dos preços mais caros da Europa. E vou parar por aqui que o dia já vai longo e amanhã tenho muito trabalho e chatices... bahhhhhhhhhh....
Frase do Dia:
"Amigos e inimigos, juntem-se para assistir ao meu fim" Júlio César
E aquilo que me leva aqui a escrever vai ser dividido em 3 tomos:
1 - Música
2 - Media
3 - Sociedade
E sobre cada um vou-vos deixar algumas ideias e conjecturas de que me apercebi e que aqui (ainda) podem deixar a vossa opinião.
MÚSICA
Quando fui apanhar o avião levava na bagagem alguns discos recentes da música portuguesa, casos de Xeg ou Loto. Que ouvi em doses reduzidas durantes as férias dedicadas a ouvir novos sons gauleses. E os casos foram muitos... Desde Autour de Lucie, Dominique A, Octet, Abd Al Malik, Sniper ou M, tudo passou pela colunas de várias aparelhagens. E obviamente que trouxe alguns para casa e outros que já estou a retirar do "pássaro azul" pois o $ não chega nem para metade. E vamos às contas:
Autour de Lucie "Autour De Lucie"
Confesso que pouco sei sobre este grupo. Tem mais de 10 anos de actividades e gravar este disco pelo qual me apaixonei mal ouvi na Virgin dos Champs-Elysees. É capaz de ser uma mistura entre o sentido bucólico dos Portishead com a clareza de uns Clã. Mas sei sei dizer bem...
Abd Al Malik "Le Face à face des coeurs"
Este rapper foi outro caso de quase paixão à 1ª escutadela. Este é o líder dos N.A.P. e editou agora este disco a solo que me fez lembrar o sentido romântico de uns Mundo Complexo ou de um NBC. Com letras fortes e ritmos bem produzidos, é um caso a ouvir e ouvir...
E para já ficamos por aqui... não vale a pena falar nos Octet...
Passando ao capítulo DVD aquilo que me espanta é os preços praticados. O DVD já existe há tempo suficiente para estarem algumas coisas (boas) a MID-Price e menos. Como o caso de:
NTM "Live au Zenith"
Nem vos vou dizer quanto me custou este DVD fantástico de umas das melhores bandas de rap francês. E estes concertos foram incriveis. Já agora, fiquei atentos pois o Khool Shen editou um disco a solo fantástico.
Para terminar o capítulo de música só falta referir o aspecto ao vivo.
The Shins, Le Tigre, Einsturzende Neubaten, Magik Malik Orchestra, Troublemakers, Zero 7 ou Blue Note Festival (Martin, Medesky & Wood, Jason Moran, etc) são só alguns dos casos estrangeiros.
Enfim... Portugal é uma tristeza !
MEDIA
E como não podia deixar de ser também vi muita TV, ouvi rádio e li jornais e revistas. E o que dizer ?
Na TV com 5 canais nacionais livres, os franceses estão servidos para todos os gostos, faixas etárias e credos (quase todos). Começando pelo Arte passando pela TF1, tudo se pode ver. Desde o magazine de cultura urbana de extrema qualidade ao "reality show" onde apresenta famosos fechados numa quinta a tomar conta do gado. Mas olhem para os blocos de noticias que geralmente não ultrapassam 40 minutos e bastante resumidos, com destaques ao futebol de 15 segundos e sem direito a imagens (excepto a vitório do Mónaco frente ao Real).
Na rádio o panorama não é diferente. Milhentas rádios locais de qualidade e as nacionais fogem ao estigma português de parecerem todas iguais. Oiçam a Le Mouv e a NRJ e digam-me onde se faz isso cá. Principalmente a NRJ com uma orientação para o mercado pop, r&b e rap muito grande e com resultados enormes. Mas nesta altura e há algum tempo que a Europe 2 domina o mercado sobretudo graças a um homem chamado Cauet. Ele é o génio das manhãs, já encheu o Olympia durante 4 horas e às 6 da manhã e tem graça, muita graça ! Seria possível fazer em Portugal ? Tenho dúvidas... Para terem uma ideia o homem tem um programa de TV semanal de 3 horas no prime-time da TF1 e vários pequenos na MCM (o programa mais visto do canal francês). Mas os números nem são o mais importante. Mas sim a postura, o trabalho e o resultado final.
Na imprensa escrita, gosto como sempre de ler o "Les Inrockuptibles" que me fez corar e sorrir ao ler vários artigos referindo Portugal (e já vou falar sobre isso daqui a pouco). Mas também outras tantas revistas como a Groove (com um CD oferta) ou outras. Mas comparando os dois países, porventura aquilo que fosse preciso era alguns jornalistas nacionais de irem novamente para a Sorbonne aprender umas coisas.
E aqui acaba o capitulo media, passamos ao final.
SOCIEDADE
Temos pano para mangas e madeira suficiente para nos queimarmos. E vou-vos falar de alguns exemplos por mim vividos para fazermos uma simples comparação entre os preços praticados nos dois mercados.
Big Mac (McDonalds): França - 3 euros / Portugal - 3 euros
ADSL (540k): França - 15 euros (sem limite real de downloads e contractos de efectivos) / Portugal - 25 euros (10 horas por mês e 1 ano de contracto).
Gasóleo: França - 0.840 / Portugal - 0.740
Jantar (para 2 pessoas num restaurante): França - 50 euros / Portugal - 50 euros
Olhando para este quadro comparativo só se pode dizer: alguém nos anda a roubar !!!
Portugal está sem poder de compra e temos dos preços mais caros da Europa. E vou parar por aqui que o dia já vai longo e amanhã tenho muito trabalho e chatices... bahhhhhhhhhh....
Frase do Dia:
"Amigos e inimigos, juntem-se para assistir ao meu fim" Júlio César
Há dias assim...
Voltei de férias e infelizmente parece que Abril não é o meu mês (apesar de fazer anos, que nunca foi um bom preságio diga-se de passagem).
Devo-vos dizer que tinha encontrado uma casa fantástica mas não posso ficar com ela...
Devo-vos dizer que afinal não existem "finalmentes"...
E devo-vos dizer que a cabeça humana é um lugar estranho (frase inspirada na filme "Lost in Translation" de Sofia Coppola).
E vou escrever !
Devo-vos dizer que tinha encontrado uma casa fantástica mas não posso ficar com ela...
Devo-vos dizer que afinal não existem "finalmentes"...
E devo-vos dizer que a cabeça humana é um lugar estranho (frase inspirada na filme "Lost in Translation" de Sofia Coppola).
E vou escrever !
13/04/2004
Dia de discos
Hoje foi um dia de discos novos. O primeiro que coloquei no leitor de CD veio da Escócia, de um amigo pessoal. Sob título "Badly withdrawn boy", J.P.Keenan apresenta 11 temas, 5 dos quais originais. A gravação foi feita em casa e em alguns casos a forte compressão digital quase que estraga as canções. Keenan é um irlandês com influências do som tradicional do seu país, da country e de John Lennon e confesso que não esperava algo tão bem feito tendo em conta a forma como foi gravado e o que conhecia há dois anos atrás dele. O primeiro original é um instrumental chamado "The Ballad of Helena", depois segue-se a boa disposição com "I am the cactus", "The short song" (uma música que na versão original tinha cerca de 10 segundos, agora transformados em 47), "My big ole baby" e o leque de originais completa-se com "Lesbians". Nas versões, inteligentemente intercaladas com os originais, podem-se ouvir temas como "A Boy Named Sue", do falecido Johnny Cash; "The Only Gay Eskimo" (Weird Al Yankovic); "The Man Who Sold The World" (David Bowie); "Life's Gonna Suck When You Grow Up" (Denis Leary); "I Wanna Grow Old With You" (Adam Sandler) e "Blackbird" (The Beatles), esta última numa versão em que apenas estão representados alguns acordes e uma conversa pelo meio. Agradou-me imenso este disco!
O segundo disco recebido já aguardava levantamento desde os primeiros dias deste mês, trata-se de "The Club", dos "Loto". Penso que é complicado ouvir este disco sem fazer comparações, apesar de já ter afirmado aqui que acho uma sonoridade interessante para ser ouvida sobretudo "fora de casa". Mal comecei a ouvir, vieram-me trazer um disco de New Order e disseram-me para parar a audição deste disco gentilmente cedido pela Universal Music e ouvir um pouco do disco dos New Order. É um facto que sempre que ouvia na rádio o single "Back to discos", sentia que conhecia aquela sonoridade mas não sabia bem de onde. Hoje ficou esclarecida. Eu não condeno bandas que têm estilos semelhantes a outras, desde que o façam com gosto e convicção. No disco dos Loto, em cada uma das músicas é possível identificar um ou outro som conhecido de outra música mas as canções no seu todo soam bem, estão bem trabalhadas, e sei que fazem aquele trabalho com gosto, com convicção e com vontade de fazer coisas novas. É uma banda a seguir com MUITA atenção.
Entretanto ouvi pela primeira vez o Manifesto em CD, contudo não o CD que me foi dirigido em primeira mão e que continuo a aguardar que a CTT - Correios de Portugal, S.A. se digne contactar a editora no sentido de possibilitar o re-envio gratuito do disco visto que este foi devolvido por incompetência de funcionários da empresa. Os EZ Special não fogem ao seu estilo e apresentam dois temas bastante curiosos e aplica-se aqui tudo aquilo que escrevi sobre os Loto: as influências são claras mas a qualidade está lá e a evolução daqui para a frente tratará de ditar o resto. Não sei porquê, o tema "In n'Out" tem algo que me leva a associá-lo a publicidade futebolística. Se calhar o operador de telecomunicações que usa a música dos EZ Special como slogan promocional, que é patrocionador oficial do Euro 2004, poderia substituir o já excessivamente rodado "Daisy" por este novo tema. Os Mão Morta levantaram o véu do álbum "Nus" neste Manifesto com a inclusão do tema Estilo e um retrocesso aos Mutantes S21 representado pelo tema "Berlim (morreu a nove)", numa versão ao vivo. É interessante ver uma banda tão respeitável e com tanta história como os Mão Morta a entrar num projecto como este. Os Anger também dão voz ao Manifesto, sendo a vertente mais pesada do disco. Confesso que este rock pesado não me agrada muito mas há-de haver qualquer coisa que faça com que tantas bandas deste género apareçam e desapareçam de uma forma fugaz e estes se mantenham firmes ao longo de vários anos e com um público muito fiel. O Manifesto termina com uma banda de hip-hop (Mentes Conscientes), cuja primeira faixa me trouxe à memória a compilação da Matarroa que mencionei como um dos discos de 2003, infelizmente por já ter ouvido algo quase-chapado neste disco. Como não estava com muita paciência para mais "déjà vus", resolvi avançar para a faixa seguinte ("Manter a chama acessa") e foi uma desilusão... O tema que fecha o Manifesto vai buscar exactamente o mesmo sample que os Mind Da Gap usaram em 1997 em "Oficiais MCs", do disco "Sem Cerimónias". Não creio que os Mentes Conscientes não tivessem conhecimento do tema dos Mind Da Gap.
Para acabar o dia, "Nus"... É Mão Morta, não há reinvenções de nada, e o formato tradicional continua a funcionar extremamente bem. Quando no primeiro tema ("Gumes") me aparece a indicação que teria 25 minutos de música, quase que tinha a tentação de avançar em fast-forward. Ainda bem que não o fiz. O tema ouve-se sem sacrifícios e conta com um leque de convidados que dão um colorido interessante a este tema. Depois seguiu-se um tema que já tinha ouvido na RDP Antena 3 e na playlist que agora passa nas frequências da extinta VOXX: Gnoma. Miguel Guedes (vocalista dos Blind Zero) revela-se particularmente bom a cantar português e enquadra-se perfeitamente no ambiente melódico dos Mão Morta e desta música em particular. Eu não vou referir os temas um-a-um porque corro o risco de ficar sem adjectivos para definir este disco. Recomendo que, quem não o comprou hoje com o Blitz, o faça na próxima semana novamente com o Blitz.
O segundo disco recebido já aguardava levantamento desde os primeiros dias deste mês, trata-se de "The Club", dos "Loto". Penso que é complicado ouvir este disco sem fazer comparações, apesar de já ter afirmado aqui que acho uma sonoridade interessante para ser ouvida sobretudo "fora de casa". Mal comecei a ouvir, vieram-me trazer um disco de New Order e disseram-me para parar a audição deste disco gentilmente cedido pela Universal Music e ouvir um pouco do disco dos New Order. É um facto que sempre que ouvia na rádio o single "Back to discos", sentia que conhecia aquela sonoridade mas não sabia bem de onde. Hoje ficou esclarecida. Eu não condeno bandas que têm estilos semelhantes a outras, desde que o façam com gosto e convicção. No disco dos Loto, em cada uma das músicas é possível identificar um ou outro som conhecido de outra música mas as canções no seu todo soam bem, estão bem trabalhadas, e sei que fazem aquele trabalho com gosto, com convicção e com vontade de fazer coisas novas. É uma banda a seguir com MUITA atenção.
Entretanto ouvi pela primeira vez o Manifesto em CD, contudo não o CD que me foi dirigido em primeira mão e que continuo a aguardar que a CTT - Correios de Portugal, S.A. se digne contactar a editora no sentido de possibilitar o re-envio gratuito do disco visto que este foi devolvido por incompetência de funcionários da empresa. Os EZ Special não fogem ao seu estilo e apresentam dois temas bastante curiosos e aplica-se aqui tudo aquilo que escrevi sobre os Loto: as influências são claras mas a qualidade está lá e a evolução daqui para a frente tratará de ditar o resto. Não sei porquê, o tema "In n'Out" tem algo que me leva a associá-lo a publicidade futebolística. Se calhar o operador de telecomunicações que usa a música dos EZ Special como slogan promocional, que é patrocionador oficial do Euro 2004, poderia substituir o já excessivamente rodado "Daisy" por este novo tema. Os Mão Morta levantaram o véu do álbum "Nus" neste Manifesto com a inclusão do tema Estilo e um retrocesso aos Mutantes S21 representado pelo tema "Berlim (morreu a nove)", numa versão ao vivo. É interessante ver uma banda tão respeitável e com tanta história como os Mão Morta a entrar num projecto como este. Os Anger também dão voz ao Manifesto, sendo a vertente mais pesada do disco. Confesso que este rock pesado não me agrada muito mas há-de haver qualquer coisa que faça com que tantas bandas deste género apareçam e desapareçam de uma forma fugaz e estes se mantenham firmes ao longo de vários anos e com um público muito fiel. O Manifesto termina com uma banda de hip-hop (Mentes Conscientes), cuja primeira faixa me trouxe à memória a compilação da Matarroa que mencionei como um dos discos de 2003, infelizmente por já ter ouvido algo quase-chapado neste disco. Como não estava com muita paciência para mais "déjà vus", resolvi avançar para a faixa seguinte ("Manter a chama acessa") e foi uma desilusão... O tema que fecha o Manifesto vai buscar exactamente o mesmo sample que os Mind Da Gap usaram em 1997 em "Oficiais MCs", do disco "Sem Cerimónias". Não creio que os Mentes Conscientes não tivessem conhecimento do tema dos Mind Da Gap.
Para acabar o dia, "Nus"... É Mão Morta, não há reinvenções de nada, e o formato tradicional continua a funcionar extremamente bem. Quando no primeiro tema ("Gumes") me aparece a indicação que teria 25 minutos de música, quase que tinha a tentação de avançar em fast-forward. Ainda bem que não o fiz. O tema ouve-se sem sacrifícios e conta com um leque de convidados que dão um colorido interessante a este tema. Depois seguiu-se um tema que já tinha ouvido na RDP Antena 3 e na playlist que agora passa nas frequências da extinta VOXX: Gnoma. Miguel Guedes (vocalista dos Blind Zero) revela-se particularmente bom a cantar português e enquadra-se perfeitamente no ambiente melódico dos Mão Morta e desta música em particular. Eu não vou referir os temas um-a-um porque corro o risco de ficar sem adjectivos para definir este disco. Recomendo que, quem não o comprou hoje com o Blitz, o faça na próxima semana novamente com o Blitz.
01/04/2004
Festa do Bloco
Com um nome pouco original, o Bloco de Esquerda apresenta o seu "festival". Por apenas 15,00EUR o movimento político Bloco de Esquerda proporciona 2 dias (2 e 3 de Abril) de actividades no Pavilhão Terlis, nas Docas de Alcântara.
O programa musical está dividido por dois palcos.
No dia 2, primeiro dia do evento, actuam no palco 1: Mário Laginha, Camané, Mísia e Sérgio Godinho (com Vitorino e Tito Paris).
No dia seguinte já existem dois palcos em funcionamento. Pelo palco 2 passam: Dead Combo (14h30m), Vera Mantero e Pedro Pinto (19h) e The Legendary Tiger Man (21h). A música continua no palco principal com os Chullage (22h), Sloppy Joe (23h), Rádio Macau (0h) e Terrakota (1h).
Pelo meio há DJs e VJs, assim como intervenções políticas.
Mais informações em: http://www.bloco.org/index.php?option=news&task=viewarticle&sid=994
O programa musical está dividido por dois palcos.
No dia 2, primeiro dia do evento, actuam no palco 1: Mário Laginha, Camané, Mísia e Sérgio Godinho (com Vitorino e Tito Paris).
No dia seguinte já existem dois palcos em funcionamento. Pelo palco 2 passam: Dead Combo (14h30m), Vera Mantero e Pedro Pinto (19h) e The Legendary Tiger Man (21h). A música continua no palco principal com os Chullage (22h), Sloppy Joe (23h), Rádio Macau (0h) e Terrakota (1h).
Pelo meio há DJs e VJs, assim como intervenções políticas.
Mais informações em: http://www.bloco.org/index.php?option=news&task=viewarticle&sid=994
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