A editora liderada por Rodrigo Cardoso estará em destaque na cadeia de lojas FNAC durante a primeira quinzena de Abril. Para além de ser possível adquirir discos lançados por esta etiqueta a preços especiais, a editora e a multinacional francesa oferecem uma série de concertos com nomes ligados ao catálogo. A quase totalidade das bandas já pisou os palcos FNAC anteriormente mas certamente que será agradável rever todos eles.
Segue-se a agenda já confirmada de cada um dos nomes da editora:
IN HER SPACE
3 de Abril, 10h: FNAC Chiado - Lisboa
11 de Abril, 11h: FNAC Cascais
17 de Abril, 0h: Galeria Zé Dos Bois - Lisboa
ÖLGA
8 de Abril, 23h30m: O Meu Mercedes É Maior Que O Teu - Porto
9 de Abril, 17h: FNAC Sta. Catarina - Porto
10 de Abril, 17h: FNAC NorteShopping - Matosinhos
10 de Abril, 21h45m: FNAC GaiaShopping
ALLA POLACCA
4 de Abril, 21h45m: FNAC GaiaShopping
10 de Abril, 19h: FNAC Sta. Catarina - Porto
STOWAWAYS
10 de Abril, 17h: FNAC Sta. Catarina - Porto
10 de Abril, 21h: FNAC NorteShopping - Matosinhos
11 de Abril, 21h: FNAC GaiaShopping
OLD JERUSALEM
6 de Abril, 22h: FNAC NorteShopping - Matosinhos
KAFKA
3 de Abril, 21h: FNAC NorteShopping - Matosinhos
9 de Abril, 17h: FNAC GaiaShopping
BILDMEISTER
15 de Abril, 21h30m: FNAC NorteShopping - Matosinhos
29 de Abril, 23h: Semana Académica de Famalicão
Mais informações em http://www.bor-land.com/ e em http://www.fnac.pt/.
29/03/2004
25/03/2004
Exorcismo
Nos últimos tempos este espaço serve, para além de tudo, para exorcizar os demónios (deve-se ler entre aspas) da minha vida.
Como diz o Álvaro Costa: "é mais barato que ir ao psi". E eu concordo, mesmo quando uma das minhas melhores amigas (se não a melhor) é psicologa.
Mas estou agora a chegar a um novo ciclo da minha vida e estou com vontade de partilhar com todos os que lêem este canto.
Daqui a alguns dias já estarei de férias na cidade-luz e a ter um descanso merecido... no meu regresso esperam-me novos desafiose e novas etapas para velhos sonhos... em breve sairei da casa dos meus pais onde vivi os últimos 23 anos e da qual tenho as melhores recordações... quando o calor apertar vou finalmente juntar o meu apelido a outra pessoa... e a vida vai continuar !
Nos últimos dias tenho pensado um pouco na vida. Confesso que é algo já habitual nesta altura do ano, a chegada da Primavera e o meu aniversário fazem isto.
E conclusões que eu tiro deste ano é:
Consegui dar mais um passo para a frente. E estou orgulhoso.
Mas olhando também para o ano que passou fico com a clara impressão de várias coisas como: sou uma pessoa que não gosta de confusões (não mesmo), sou politicamente correcto, sou demasiado desorganizado, sou mal pago e sou, entre defeitos e qualidade, um gajo simples.
E dissecando todos os pontos acho que a vida está demasiada repleta de confusões e ainda que há quem diga que são essas coisas que dão sal à vida, eu prefiro evitar. Quanto ao politicamente correcto, este talvez seja um discurso que aprendi demasiado novo e agora não sei se para o bem, se para o mal. No que toca à desorganização, meu amigos... para vos provar só mostrando uma imagem de como estou agora a escrever este texto... enfim... Quanto ao mal pago, não vou deixar aqui o meu comentário. Para terminar, sou simples. Gosto de coisas simples... de um bom disco, de passar um bom tempo com os amigos, de passear, de estar com a minha (futura) mulher, de trabalhar (confesso), de ler uns textos bem escritos (e cada vez os meus estão piores...) e de chocolate, bolo de bolacha e dos meus sobrinhos. Adoro os meus pais (sempre) e as minhas irmãs (mesmo com as lutas). Adoro apanhar sol, nadar, jogar futebol, rir, correr, beber uns copos e estar com os amigos. Detesto pessoas falsas, pessoas desconfiadas, pessoas que me julgam sem me conhecer, mousses instântaneas e pouco mais.
A lista é longa e aquilo que esta noite escrevo é como diz o título: um exorcismo !
Nas próximas semanas estarei de férias e assim afastado deste cubo.
Vou aproveitar estes dias para entregar o IRS, tratar do crédito para a casa, da ligação à internet na nova morada, do local para a boda, do novo site da rádio, das revistas que faltam, de mim e...
Abraços ! Até ao meu regresso...
Como diz o Álvaro Costa: "é mais barato que ir ao psi". E eu concordo, mesmo quando uma das minhas melhores amigas (se não a melhor) é psicologa.
Mas estou agora a chegar a um novo ciclo da minha vida e estou com vontade de partilhar com todos os que lêem este canto.
Daqui a alguns dias já estarei de férias na cidade-luz e a ter um descanso merecido... no meu regresso esperam-me novos desafiose e novas etapas para velhos sonhos... em breve sairei da casa dos meus pais onde vivi os últimos 23 anos e da qual tenho as melhores recordações... quando o calor apertar vou finalmente juntar o meu apelido a outra pessoa... e a vida vai continuar !
Nos últimos dias tenho pensado um pouco na vida. Confesso que é algo já habitual nesta altura do ano, a chegada da Primavera e o meu aniversário fazem isto.
E conclusões que eu tiro deste ano é:
Consegui dar mais um passo para a frente. E estou orgulhoso.
Mas olhando também para o ano que passou fico com a clara impressão de várias coisas como: sou uma pessoa que não gosta de confusões (não mesmo), sou politicamente correcto, sou demasiado desorganizado, sou mal pago e sou, entre defeitos e qualidade, um gajo simples.
E dissecando todos os pontos acho que a vida está demasiada repleta de confusões e ainda que há quem diga que são essas coisas que dão sal à vida, eu prefiro evitar. Quanto ao politicamente correcto, este talvez seja um discurso que aprendi demasiado novo e agora não sei se para o bem, se para o mal. No que toca à desorganização, meu amigos... para vos provar só mostrando uma imagem de como estou agora a escrever este texto... enfim... Quanto ao mal pago, não vou deixar aqui o meu comentário. Para terminar, sou simples. Gosto de coisas simples... de um bom disco, de passar um bom tempo com os amigos, de passear, de estar com a minha (futura) mulher, de trabalhar (confesso), de ler uns textos bem escritos (e cada vez os meus estão piores...) e de chocolate, bolo de bolacha e dos meus sobrinhos. Adoro os meus pais (sempre) e as minhas irmãs (mesmo com as lutas). Adoro apanhar sol, nadar, jogar futebol, rir, correr, beber uns copos e estar com os amigos. Detesto pessoas falsas, pessoas desconfiadas, pessoas que me julgam sem me conhecer, mousses instântaneas e pouco mais.
A lista é longa e aquilo que esta noite escrevo é como diz o título: um exorcismo !
Nas próximas semanas estarei de férias e assim afastado deste cubo.
Vou aproveitar estes dias para entregar o IRS, tratar do crédito para a casa, da ligação à internet na nova morada, do local para a boda, do novo site da rádio, das revistas que faltam, de mim e...
Abraços ! Até ao meu regresso...
16/03/2004
Muitos discos e pouco tempo
Nos últimos tempos tenho ouvido discos de todos os quadrantes... desde jazz (Colectânea "Biznic 3") passando por hip-hop (Cee-Lo) e até mesmo electrónica-pop (Scissor Sisters).
Para além de estar a trabalhar para 3 (em breve vão ser 4 ou talvez 5) sitios diferentes todos ligados à música, adoro ouvir coisas novas. Ao invés do público em geral, que gosta de ouvir quase sempre a mesma coisa, ou que se assemelhe a algo. Que me lembre sempre fui assim...
Mas o que me leva a escrever aqui é:
com o trabalho que tenho na rádio... e ao escrever para duas publicações (Mondo Bizarre e DIF) com uma tiragem conjunta de quase 40 mil exemplares... ainda por cima sendo o editor de música da DIF... acham que devia estar na lista de promoção das editoras majors ?
Eu sei que é muita gente mas mesmo assim...
Desculpem o desabafo #2 mas isto serve um bocado para terapia. Quando temos os amigos longe...
Mas o que me levou a escrever foi:
. qual o truque que vocês usam para escolher os discos novos que ouvem ?
Cada vez acho que oiço os discos com menos atenção... e demasiado atrasados em alguns casos. O último foi o disco do Mourah... que me impressionou bastante. Acho que devia ter incluido na lista dos melhores do ano...
Para além de estar a trabalhar para 3 (em breve vão ser 4 ou talvez 5) sitios diferentes todos ligados à música, adoro ouvir coisas novas. Ao invés do público em geral, que gosta de ouvir quase sempre a mesma coisa, ou que se assemelhe a algo. Que me lembre sempre fui assim...
Mas o que me leva a escrever aqui é:
com o trabalho que tenho na rádio... e ao escrever para duas publicações (Mondo Bizarre e DIF) com uma tiragem conjunta de quase 40 mil exemplares... ainda por cima sendo o editor de música da DIF... acham que devia estar na lista de promoção das editoras majors ?
Eu sei que é muita gente mas mesmo assim...
Desculpem o desabafo #2 mas isto serve um bocado para terapia. Quando temos os amigos longe...
Mas o que me levou a escrever foi:
. qual o truque que vocês usam para escolher os discos novos que ouvem ?
Cada vez acho que oiço os discos com menos atenção... e demasiado atrasados em alguns casos. O último foi o disco do Mourah... que me impressionou bastante. Acho que devia ter incluido na lista dos melhores do ano...
Hold it Now...
Ah pois é...
Finalmente consegui ouvir as 1ªs faixas para o novo disco dos meninos N*E*R*D tintiulado "Fly or Die".
Das duas que ouvi até agora com mais atenção ficou "Maybe" com um groove especial a começar tipo marcha, com um piano e uma guitarra a darem um toque especial. E Pharrel a cantar como nunca. Uma canção de amor à maneira.
E também o tema título... com um ritmo mais acelerado... onde se pode ouvir no inicio "This is for the kids". Um tema alegre, ritmado e com onda.
Vamos esperar para ouvir o resto com toda a atenção mas para já:
DISCO DO ANO !!!
Fica aqui a capa...
Finalmente consegui ouvir as 1ªs faixas para o novo disco dos meninos N*E*R*D tintiulado "Fly or Die".
Das duas que ouvi até agora com mais atenção ficou "Maybe" com um groove especial a começar tipo marcha, com um piano e uma guitarra a darem um toque especial. E Pharrel a cantar como nunca. Uma canção de amor à maneira.
E também o tema título... com um ritmo mais acelerado... onde se pode ouvir no inicio "This is for the kids". Um tema alegre, ritmado e com onda.
Vamos esperar para ouvir o resto com toda a atenção mas para já:
DISCO DO ANO !!!
Fica aqui a capa...
15/03/2004
Do Porto para o Mundo...
É finalmente esta noite que Old Jerusalem (mais conhecido por Francisco Silva) invade o éter radiofónico para apresentar "April", o seu disco de estreia.
Para quem não se recorda este é um dos melhores discos portugueses de 2003 (?!) com belas canções, uma presença fantástica e simples. E nem sei bem o que dizer deste rapaz que tive a amabilidade de conhecer durante estas sessões.
"3 Pistas" é o nome deste trabalho desenvolvido pelo Henrique Amaro (Antena 3) e que hoje, depois das 23 horas, podem ouvir com o Old Jerusalem.
Quem não conhece o conceito é simples:
3 microfones
1 autor
canções originais + 1 versão
Já passaram por lá artistas como Los Hermanos, Toranja ou Grace e os resultados foram muito satisfatórios.
Aqui fica a nota para não perderem este concerto único...
Antena 3 - "Portugália" - 23 horas
OLD JERUSALEM
Para quem não se recorda este é um dos melhores discos portugueses de 2003 (?!) com belas canções, uma presença fantástica e simples. E nem sei bem o que dizer deste rapaz que tive a amabilidade de conhecer durante estas sessões.
"3 Pistas" é o nome deste trabalho desenvolvido pelo Henrique Amaro (Antena 3) e que hoje, depois das 23 horas, podem ouvir com o Old Jerusalem.
Quem não conhece o conceito é simples:
3 microfones
1 autor
canções originais + 1 versão
Já passaram por lá artistas como Los Hermanos, Toranja ou Grace e os resultados foram muito satisfatórios.
Aqui fica a nota para não perderem este concerto único...
Antena 3 - "Portugália" - 23 horas
OLD JERUSALEM
11/03/2004
Acções Vs Palavras
Esta é a hora que regra geral chego a casa, sento-me ao computador, ponho os headphones e ligo a TV. Por acaso apanhei um filme que mesmo cheio de clichés me parece interessante mas isso agora não interessa.
Num dos momentos do filme o protagonista é confrontado com a seguinte frase:
"Action speak louder than words". (tradução livre: "As acções valem mais que as palavras")
E fez-me pensar...
E nos dias que correm fala-se muito... sobre isto, sobre aquilo, somos todos muito amigos, politicamente correctos e blá, blá, blá... mas... a verdade é que os actos, regra geral, são contrários às palavras.
São poucas as pessoas que dizem na cara: "Eu não te gramo." Quando de facto pensam isso e fazem coisas nesse sentido. Mas também é verdade que existe uma ténue barreira entre a falsidade e a "não verdade". Mas não é preferivel manter a distância ? Não fingir que gostamos da pessoa ?
Talvez por trabalhar num meio onde é lixado ter inimigos a percepção da "realidade" seja deturpada. Mas eu também confesso que não gramo chatices.
Mas confesso que não gramo muita gente... principalmente cinicos, falsos, interesseiros, oportunistas e maus profissionais.
Desculpem o desabafo mas o Mundo é um lugar estranho !
Num dos momentos do filme o protagonista é confrontado com a seguinte frase:
"Action speak louder than words". (tradução livre: "As acções valem mais que as palavras")
E fez-me pensar...
E nos dias que correm fala-se muito... sobre isto, sobre aquilo, somos todos muito amigos, politicamente correctos e blá, blá, blá... mas... a verdade é que os actos, regra geral, são contrários às palavras.
São poucas as pessoas que dizem na cara: "Eu não te gramo." Quando de facto pensam isso e fazem coisas nesse sentido. Mas também é verdade que existe uma ténue barreira entre a falsidade e a "não verdade". Mas não é preferivel manter a distância ? Não fingir que gostamos da pessoa ?
Talvez por trabalhar num meio onde é lixado ter inimigos a percepção da "realidade" seja deturpada. Mas eu também confesso que não gramo chatices.
Mas confesso que não gramo muita gente... principalmente cinicos, falsos, interesseiros, oportunistas e maus profissionais.
Desculpem o desabafo mas o Mundo é um lugar estranho !
10/03/2004
Gomo digerido...
Serve este pequeno comunicado para vos dizer que já ouvi e digeri o disco do Gomo e as opiniões são:
- gosto do lado mais calmo do rapaz
- das músicas que conhecia (creio que 7) não há grandes mudanças... apenas no som
- toda a gente diz que é mais Beck, eu prefiro Neil Hannon...
E é só isto !
:)
Com tanto trabalho até parece que não sou funcionário público... eh eh eh....
- gosto do lado mais calmo do rapaz
- das músicas que conhecia (creio que 7) não há grandes mudanças... apenas no som
- toda a gente diz que é mais Beck, eu prefiro Neil Hannon...
E é só isto !
:)
Com tanto trabalho até parece que não sou funcionário público... eh eh eh....
08/03/2004
Fecha-se mais um ciclo...
Escrever sobre rádio nem sempre é fácil, sobretudo em alturas como esta. A rádio portuguesa está a um passo de ficar mais pobre com o desligar da emissão da VOXX (que teve esta madrugada a sua última linha aberta e onde as últimas palavras do animador foram: "até um dia destes").
A VOXX não era uma rádio para audiências e não cumpria as quotas de rádio existentes. A meu ver justificava-se totalmente o estatuto de rádio temática, à semelhança do que acontece com a RDP Antena 2 porque o carácter alternativo que a VOXX sempre teve não era conciliável com 40% de música criada por portugueses (que, efectivamente, se trata de música com o carimbo de editoras portuguesas).
Dizer que era ouvinte regular da VOXX é falso mas até gostava de passar os ouvidos por lá de tempos a tempos, por isso o encerramento da rádio não me passa indiferente, tal como não foi indiferente o fim da XFM e da Rádio Energia/FM Radical. Compreendo as razões que levam um empresário a vender as suas rádios, não compreendo é que vendam às cegas.
Ainda esta noite, enquanto ouvia a linha aberta da VOXX, pensava nas mudanças que ocorreram nos últimos anos nas rádios portuenses:
Nos 90.0FM tivémos Rádio Energia/FM Radical (dirigida por Luís Montêz e propriedade da Lusomundo), que fechou, andou à deriva e depois passou a VOXX. A VOXX está condenada a transformar-se dentro de pouco tempo e não se sabe por quanto tempo em retransmissor Media Capital.
Os 90.6FM, que me lembre, abriram como rádio local para um público mais jovem (partilharam o apoio das Noites Ritual Rock com a RDP Antena 1 durante dois anos, os únicos em que foi possível ver o evento com a merecida atenção na rádio, com emissões especiais, transmissão de concertos, etc.), antes de ir para a Escócia sabia que a rádio estava em vias de encerrar mas quando cheguei ainda vi no RDS o nome NFMPORTO e sosseguei porque, afinal, o Porto ainda tinha uma rádio para massas minimamente aceitável. Passados poucos meses iniciaram-se nessa frequência as emissões experimentais de um canal do grupo Renascença, a Mega FM Porto. Foi um retrocesso. Se em termos de rádio pouco se notou de diferente (a não ser os animadores acelerados e histéricos, que até têm vindo a acalmar e a melhorar), notou-se muito na cobertura de eventos da cidade.
Os 105.8FM são o habitat natural da esquizofrenia Media Capital. A frequência que em tempos pertenceu a uma rádio local de Valongo passou para as mãos da Lusomundo que tratou de a usar (e muito bem) para retransmitir o sinal da XFM (também sob o comando de Luís Montêz). Nessa altura o grupo Lusomundo era líder indiscutível de audiências no Porto com o público mais adulto na TSF, um público mais eclético e curioso por ouvir coisas novas na XFM e o público mais novo e mainstream na Rádio Energia, posteriormente rebaptizada de FM Radical. Mas voltando aos 105.8... Depois da XFM a frequência passou por momentos inexplicáveis: ora não emitia nada, ora emitia programas daquelas "religiões" que todos conhecemos, ora deixava de emitir novamente, ora emitia rádio local... Até que a Media Capital opta por adquirir a frequência, sem nunca ter tido um plano concreto para ela. Mix FM, Continental FM, Best Rock FM são sinais que se podem ir ouvindo por ali, de acordo com a vontade de alguém que está confortavelmente sentado no seu gabinete em Lisboa e desconhece a realidade local.
Pode-se ainda falar dos 98.9FM, até há pouco mais de um ano totalmente detida Sonae. Actualmente a frequência está nas mãos da Sonae e do Eng. Luís Montêz, o mesmo que esteve na Energia/FM Radical, na XFM e no relançamento da Rádio Comercial em 1997. Mais um exemplo de transferência parcial do poder para Lisboa, para uma realidade distante, para um gabinete de Lisboa.
Não é preciso fazer muitos cálculos para se concluir que o Porto, mais do que qualquer outra região do país, vive totalmente dependente da vontade das empresas públicas e dos grupos financeiros sediados em Lisboa no que toca a rádios. A venda e desaparecimento da VOXX confirmam isso mesmo.
A "estória" da "morte aos mouros" do mundo futebolístico representaria a criação de um enorme vazio em termos de meios de comunicação no Porto. Onde está, Porto e portuenses, a nossa identidade?
A VOXX não era uma rádio para audiências e não cumpria as quotas de rádio existentes. A meu ver justificava-se totalmente o estatuto de rádio temática, à semelhança do que acontece com a RDP Antena 2 porque o carácter alternativo que a VOXX sempre teve não era conciliável com 40% de música criada por portugueses (que, efectivamente, se trata de música com o carimbo de editoras portuguesas).
Dizer que era ouvinte regular da VOXX é falso mas até gostava de passar os ouvidos por lá de tempos a tempos, por isso o encerramento da rádio não me passa indiferente, tal como não foi indiferente o fim da XFM e da Rádio Energia/FM Radical. Compreendo as razões que levam um empresário a vender as suas rádios, não compreendo é que vendam às cegas.
Ainda esta noite, enquanto ouvia a linha aberta da VOXX, pensava nas mudanças que ocorreram nos últimos anos nas rádios portuenses:
Nos 90.0FM tivémos Rádio Energia/FM Radical (dirigida por Luís Montêz e propriedade da Lusomundo), que fechou, andou à deriva e depois passou a VOXX. A VOXX está condenada a transformar-se dentro de pouco tempo e não se sabe por quanto tempo em retransmissor Media Capital.
Os 90.6FM, que me lembre, abriram como rádio local para um público mais jovem (partilharam o apoio das Noites Ritual Rock com a RDP Antena 1 durante dois anos, os únicos em que foi possível ver o evento com a merecida atenção na rádio, com emissões especiais, transmissão de concertos, etc.), antes de ir para a Escócia sabia que a rádio estava em vias de encerrar mas quando cheguei ainda vi no RDS o nome NFMPORTO e sosseguei porque, afinal, o Porto ainda tinha uma rádio para massas minimamente aceitável. Passados poucos meses iniciaram-se nessa frequência as emissões experimentais de um canal do grupo Renascença, a Mega FM Porto. Foi um retrocesso. Se em termos de rádio pouco se notou de diferente (a não ser os animadores acelerados e histéricos, que até têm vindo a acalmar e a melhorar), notou-se muito na cobertura de eventos da cidade.
Os 105.8FM são o habitat natural da esquizofrenia Media Capital. A frequência que em tempos pertenceu a uma rádio local de Valongo passou para as mãos da Lusomundo que tratou de a usar (e muito bem) para retransmitir o sinal da XFM (também sob o comando de Luís Montêz). Nessa altura o grupo Lusomundo era líder indiscutível de audiências no Porto com o público mais adulto na TSF, um público mais eclético e curioso por ouvir coisas novas na XFM e o público mais novo e mainstream na Rádio Energia, posteriormente rebaptizada de FM Radical. Mas voltando aos 105.8... Depois da XFM a frequência passou por momentos inexplicáveis: ora não emitia nada, ora emitia programas daquelas "religiões" que todos conhecemos, ora deixava de emitir novamente, ora emitia rádio local... Até que a Media Capital opta por adquirir a frequência, sem nunca ter tido um plano concreto para ela. Mix FM, Continental FM, Best Rock FM são sinais que se podem ir ouvindo por ali, de acordo com a vontade de alguém que está confortavelmente sentado no seu gabinete em Lisboa e desconhece a realidade local.
Pode-se ainda falar dos 98.9FM, até há pouco mais de um ano totalmente detida Sonae. Actualmente a frequência está nas mãos da Sonae e do Eng. Luís Montêz, o mesmo que esteve na Energia/FM Radical, na XFM e no relançamento da Rádio Comercial em 1997. Mais um exemplo de transferência parcial do poder para Lisboa, para uma realidade distante, para um gabinete de Lisboa.
Não é preciso fazer muitos cálculos para se concluir que o Porto, mais do que qualquer outra região do país, vive totalmente dependente da vontade das empresas públicas e dos grupos financeiros sediados em Lisboa no que toca a rádios. A venda e desaparecimento da VOXX confirmam isso mesmo.
A "estória" da "morte aos mouros" do mundo futebolístico representaria a criação de um enorme vazio em termos de meios de comunicação no Porto. Onde está, Porto e portuenses, a nossa identidade?
05/03/2004
Na sombra nunca...
Quando estou mais lixado da tola faço uma coisa que normalmente me arrependo sempre. Não pelo que faço mas pelo $ que gasto.
Falo do Ebay e das coisas magnificas que se encontram por lá...
Nesta altura estou como comprador de um CD do caríssimo DJ Shadow (que já vinha a Portugal pois da outra vez não consegui) intitulado "Product Placement".
Eu já tenho isto em MP3 mas eu sou bicho velho e gosto de ter o disco original, que ainda por cima é uma edição limitada.
São estas aquelas coisas que me fazem sorrir novamente e olhar em frente... a paixão pela música nunca morre !
Falo do Ebay e das coisas magnificas que se encontram por lá...
Nesta altura estou como comprador de um CD do caríssimo DJ Shadow (que já vinha a Portugal pois da outra vez não consegui) intitulado "Product Placement".
Eu já tenho isto em MP3 mas eu sou bicho velho e gosto de ter o disco original, que ainda por cima é uma edição limitada.
São estas aquelas coisas que me fazem sorrir novamente e olhar em frente... a paixão pela música nunca morre !
Mato-me
Fui buscar a música dos Rage Against The Machine "Killing In The Name" pois expressa um bocado aquilo que sinto.
Recentemente trouxe para casa o último registo ao vivo deste colectivo entretanto já falecido e voltei a ter 14 anos. Lembro-me de ouvir isto em casa do meu melhor amigo e de achar "inovador".
Nesta altura é só para partilhar com vocês a letra pois é um pouco como me sinto:
Rage Against The Machine
Killing In The Name
Killing in the name of!
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Huh!
Killing in the name of!
Killing in the name of
And now you do what they told ya ’11 times’
But now you do what they told ya
Well now you do what they told ya
Those who died are justified’ for wearing the badge’ they’re the chosen whites
You justify those that died by wearing the badge’ they’re the chosen whites
Those who died are justified’ for wearing the badge’ they’re the chosen whites
You justify those that died by wearing the badge’ they’re the chosen whites
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Uggh!
Killing in the name of!
Killing in the name of
And now you do what they told ya ’4 times’
And now you do what they told ya’ now you’re under control ’ 7 times’
And now you do what they told ya!
Those who died are justified’ for wearing the badge’ they’re the chosen whites
You justify those that died by wearing the badge’ they’re the chosen whites
Those who died are justified’ for wearing the badge’ they’re the chosen whites
You justify those that died by wearing the badge’ they’re the chosen whites
Come on!
’Guitar solo: ’Yeah! Come on!’’
Fuck you’ I won’t do what you tell me ’8 times spoken becoming a shout by the 8th time’
Fuck you’ I won’t do what you tell me! ’8 times’ shouted’
Motherfucker!
Uggh!
Recentemente trouxe para casa o último registo ao vivo deste colectivo entretanto já falecido e voltei a ter 14 anos. Lembro-me de ouvir isto em casa do meu melhor amigo e de achar "inovador".
Nesta altura é só para partilhar com vocês a letra pois é um pouco como me sinto:
Rage Against The Machine
Killing In The Name
Killing in the name of!
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Huh!
Killing in the name of!
Killing in the name of
And now you do what they told ya ’11 times’
But now you do what they told ya
Well now you do what they told ya
Those who died are justified’ for wearing the badge’ they’re the chosen whites
You justify those that died by wearing the badge’ they’re the chosen whites
Those who died are justified’ for wearing the badge’ they’re the chosen whites
You justify those that died by wearing the badge’ they’re the chosen whites
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Uggh!
Killing in the name of!
Killing in the name of
And now you do what they told ya ’4 times’
And now you do what they told ya’ now you’re under control ’ 7 times’
And now you do what they told ya!
Those who died are justified’ for wearing the badge’ they’re the chosen whites
You justify those that died by wearing the badge’ they’re the chosen whites
Those who died are justified’ for wearing the badge’ they’re the chosen whites
You justify those that died by wearing the badge’ they’re the chosen whites
Come on!
’Guitar solo: ’Yeah! Come on!’’
Fuck you’ I won’t do what you tell me ’8 times spoken becoming a shout by the 8th time’
Fuck you’ I won’t do what you tell me! ’8 times’ shouted’
Motherfucker!
Uggh!
03/03/2004
O outro lado da versão...
Este é o título de um disco português mas que agora não me lembro de quem... creio que do Kilu... mas isso não interessa agora !
Aquilo que me fez escrever este post foi ao ouvir a versão de "Cry Me a River" (original do Justin Timberlake) pelos Lost Prophets. Para quem conhece esta banda sabe que são meninos do rock, vulgo nu-metal, e que são um pouco fracos mas vão ser grandes. Disso tenho poucas dúvidas...
E sempre tive um gosto especial por versões... das mais loucas às mais sérias...
Agora, sem pensar muito, recordo-me dos Cool Hipnoise com "Come As You Are" (nunca editado) ou dos Irmãos Catita com "Fever". Podia aqui citar mil exemplos, e hei-de fazer, mas agora foi mesmo só para deixar uma nota.
Aquilo que me fez escrever este post foi ao ouvir a versão de "Cry Me a River" (original do Justin Timberlake) pelos Lost Prophets. Para quem conhece esta banda sabe que são meninos do rock, vulgo nu-metal, e que são um pouco fracos mas vão ser grandes. Disso tenho poucas dúvidas...
E sempre tive um gosto especial por versões... das mais loucas às mais sérias...
Agora, sem pensar muito, recordo-me dos Cool Hipnoise com "Come As You Are" (nunca editado) ou dos Irmãos Catita com "Fever". Podia aqui citar mil exemplos, e hei-de fazer, mas agora foi mesmo só para deixar uma nota.
02/03/2004
Lindas, Sensuais e Deliciosas...
Estas três palavras podiam ser a descrição para muitas das canções da minha vida. E são algumas...
Desde cedo me deixei embrenhar pela música ao ouvir as óperas da minha avó no Largo do Rato, os sambas de Chico Buarque e Elis Regina ou a psicadélia dos Beatles.
O título deste post é a reunião das minhas memórias, faltando apenas o assustadoras quando penso no Verdi ou no Chopin.
Mas este post serve para marcar alguns acontecimentos:
- a vinda de Paul McCartney a Portugal
- o aniversário da ida dos Beatles aos EUA
- o carnaval brasileiro
- os (novos) sambas vindos do Brasil
A paixão pelos Beatles é antiga e as primeiras recordações ligadas à rádio foi quando tinha apenas 15 anos e fiz várias emissões piratas para amigas ao som dos discos dos "fab four". Temas como "I Wanna Hold Your Hand" ou "Love Me Do" faziam as delicias de tardes agarrados à aparelhagem a imaginar que elas ouviam, coisa que raramente acontecia. As canções de McCartney e Lennon ficaram para sempre gravadas na memória e sei cantar a grande maioria de trás para a frente.
Quanto ao Brasil a história tem um começo anterior, quando os discos que os meus pais compravam começaram a ser ouvidos nas manhãs e tardes dos fins-de-semana. Quando a Maria Bethânia, o Ney Matogrosso, Chico Buarque ou Elis Regina ocupavam a casa com um português doce e quente. E a vontade de saber um pouco mais sobre aquela música continuo...
Isto tudo serve para dizer que espero conseguir estar presente no 1º dia do Rock in Rio - Lisboa para assistir ao espectáculo de 3 horas de 1/4 dos Beatles pois não acredito que vá ter outra oportunidade igual.
E quanto ao Brasil, nos últimos anos tenho descoberto alguns nomes importantes da cena actual como Otto, Chico Science, O Rappa, Los Hermanos ou Instituto. E que o calor continua a fazer-se sentir bem forte. Tão forte que espero conseguir visitar este ano o país do samba...
Espero em breve conseguir deixar aqui textos mais concretos sobre alguns discos e artistas.
Desde cedo me deixei embrenhar pela música ao ouvir as óperas da minha avó no Largo do Rato, os sambas de Chico Buarque e Elis Regina ou a psicadélia dos Beatles.
O título deste post é a reunião das minhas memórias, faltando apenas o assustadoras quando penso no Verdi ou no Chopin.
Mas este post serve para marcar alguns acontecimentos:
- a vinda de Paul McCartney a Portugal
- o aniversário da ida dos Beatles aos EUA
- o carnaval brasileiro
- os (novos) sambas vindos do Brasil
A paixão pelos Beatles é antiga e as primeiras recordações ligadas à rádio foi quando tinha apenas 15 anos e fiz várias emissões piratas para amigas ao som dos discos dos "fab four". Temas como "I Wanna Hold Your Hand" ou "Love Me Do" faziam as delicias de tardes agarrados à aparelhagem a imaginar que elas ouviam, coisa que raramente acontecia. As canções de McCartney e Lennon ficaram para sempre gravadas na memória e sei cantar a grande maioria de trás para a frente.
Quanto ao Brasil a história tem um começo anterior, quando os discos que os meus pais compravam começaram a ser ouvidos nas manhãs e tardes dos fins-de-semana. Quando a Maria Bethânia, o Ney Matogrosso, Chico Buarque ou Elis Regina ocupavam a casa com um português doce e quente. E a vontade de saber um pouco mais sobre aquela música continuo...
Isto tudo serve para dizer que espero conseguir estar presente no 1º dia do Rock in Rio - Lisboa para assistir ao espectáculo de 3 horas de 1/4 dos Beatles pois não acredito que vá ter outra oportunidade igual.
E quanto ao Brasil, nos últimos anos tenho descoberto alguns nomes importantes da cena actual como Otto, Chico Science, O Rappa, Los Hermanos ou Instituto. E que o calor continua a fazer-se sentir bem forte. Tão forte que espero conseguir visitar este ano o país do samba...
Espero em breve conseguir deixar aqui textos mais concretos sobre alguns discos e artistas.
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