30/12/2004

Escolher o que agradou mais em 2004 dá prémios!

A Rádio Universidade de Coimbra (107.9FM ou emissão em directo no formato MP3 em http://www.ruc.pt:8000), através do programa Santos da Casa, quer saber que nomes nacionais agradaram mais aos seus ouvintes no ano de 2004. Até dia 6 de Janeiro os interessados em participar devem enviar as suas preferências de melhor(es) disco(s), melhor(es) single(s), melhor(es) tema(s) e melhor(es) maquete(s), até ao máximo de cinco escolhas por categoria, para o endereço santosdacasa@ruc.pt.
Como aliciante por esta participação, todos os ouvintes que transmitirem as suas escolhas à rádio receberão um CD de música portuguesa.
Os Santos da Casa estão em antena todos os dias a partir das 19h. e a todo o momento no blogue: http://santosdacasa.blogspot.com/.

08/12/2004

Links

Quero só deixar aqui o obrigado a todos os que juntaram o "Ponte Sonora" aos vossos blogs... a lista de amigos aumenta.

07/12/2004

Descobre Portugal...

Em 2005 a cadeia de televisão MTV viaja até Portugal para fazer a festa europeia. A edição deste ano aconteceu em Roma e a cidade italiana foi invadida de inúmeros concertos e happenings. De Beastie Boys a Franz Ferdinand, passando por Eminem ou Da Weasel (os vencedores da categoria local), tudo o que é gente estava lá... Como podem conferir aqui as imagens.

Mas o ano 05 foi eleito (como já se esperava) para acolher esta festa. A questão agora é:

Como podemos aproveitar a concentração de media ligados à cultura para potenciar a música portuguesa ?

Ou melhor, será que conseguimos ?

A cerimónia irá acontecer em Lisboa, no Pavilhão Atlântico, e à partida, como tem acontecido nas edições anteriores, uma banda local vai encerrar a festa. A escolha deve recair sob os Blind Zero (vencedores em 2003) mas acho que o próprio Verão vai ser essencial para essa escolha.

Entretanto fica a nota que o video-clip de Gomo "Feeling Alive" está a rodar em mais de 20 cadeias da MTV espalhadas pelo Mundo.

Nesta altura ficam apenas este pensamentos soltos...

29/11/2004

Pilhas...

Nos últimos tempos tenho andado muito afastado deste pequeno canto à beira chip colocado com fios e hertz a passearem de um lado para o outro. Confesso que não tanto por falta de tempo mas sim porque ainda não tenho as coisas em casa organizadas.

Imaginem o que é pegar em caixas de cd's, roupa, computador e mudar-me para cerca de 60 kms da minha antiga residência... E referi estes objectos pois, de facto, ainda não levei tudo. Livros, revistas e afins ainda estão nos sacos em casa dos pais. A colecção de livros é de algum modo extensa para quem tem apenas 24 anos mas ganhei esse pequeno vício com a minha avó paterna que sendo professora de português no antigo Liceu Camões enchia a sua pequena casa no Rato com milhares de páginas escritas. Algumas delas autênticas reliquias, como uma obra de Fernando Pessoa com direito a dedicatória, ou um Atlas em tamanho XXXL com capa de tecido. Ainda ando a pensar como guardar tudo, e em condições para não se estragar, felizmente não tenho grandes problemas de espaço... para já... Mas a obra integral de Albert Camus, Fiodor Dostoievski ou Miguel Esteves Cardoso e alguns pontos soltos de escritores de Aldous Huxley, Fernando Pessoa ou Jean Paul Sartre não podem faltar em minha casa. Depois chegam as revistas e afins... Imaginem o que é guardar tudo o que está relacionado com música... tenho o Blitz, Sons, Y, DN:Música e afins publicações portuguesas dessa área dos últimos 7 ou 8 anos... e algumas publicações estrangeiras como a Q, Rolling Stone, Mojo, Uncut, NME, entre outroas... A minha velha varanda já não conseguia albergar tudo e a praga cresceu tanto que nesta altura (mesmo com espaço) não sei o que fazer... acho que vai tudo para o sotão pois o escritório não tem condições materiais para albergar tais artefactos.

Quanto aos cd's a coisa complica-se... As caixas no escritório já muitas estão abertas mas parece que não consigo encontrar nada. E devo dizer que tinha tudo dividido em várias categorias (nacionais, internacionais, brasileiros e bandas-sonoras) e duas sub-categorias (cd hardcase e cd softcase). Agora.... caos !!! E para mal dos meus pecados ainda não tenho a aparelhagem a funcionar... apenas uma pequena coluna ligada ao computador... e assim chegamos ao ponto fulcral...

O computador mesmo antes de mudar de casa apanhou um vírus marado que me deixava fazer tudo... menos aceder à internet... Depois começou a bloquear programa sim, programa talvez... e agora está quase pronto a ser formatado. Uma tarefa que parece nunca mais chegar quando se tem quando 150 álbuns guardados no disco duro e uns milhares de mp3's soltos... e algumas autênticas relíquias que não se podem perder.

Enfim... isto tudo para dizer que não tenho escrito pois a vida caseira não dá. Prometo para breve a solução dos problemas acima escritos e espero que vocês se mantenham desse lado.

Em breve notas finais para o ano 04.

19/11/2004

Há coisas boas de mais...

Eu prometi a mim mesmo que não voltaria a escrever no Ponte Sonora Blog enquanto outros trabalhos não estivessem concluídos. Aquela que será a minha última mensagem já está pronta há quase 1 ano e ainda não foi oportuno publicá-la, o que é necessariamente mau. Disse a mim mesmo que evitaria a todo o custo escrever outras mensagens antes daquela, antes da definitiva mas há coisas boas de mais para deixar guardadas só para mim.
Estava eu em mais um dia de aulas e recebo uma mensagem para ir ver um dueto de covers "dos 50 a 2004") a um bar da Foz no dia seguinte (a noite passada - 17 para 18 de Novembro). Cinco euros para ouvir covers poderia considerar-se algo elevado mas como a minha vida académica me tem impedido de ter uma vida "nocturna" muito activa lá fui. Em cena estiveram Miguel Guedes (vocalista dos Blind Zero e "artista da bola" aos domingos na Antena 1) e Rui Vilhena (o homem dos graves nos Vozes da Rádio e um guitarrista do melhor que há) com um alinhamento diverso: Chris Cornell, Bob Dylan, Bruce Springsteen, Radiohead, Tom Waits, entre muitos outros. O espaço pequeno do Twins levou à criação de uma proximidade que ultrapassou os limites físicos e permitiu que, entre canções, fossem contadas histórias e proporcionado momentos de diversão. Uma coisa que já há muito não via e que recomendo vivamente.
Por 7,50EUR (5 de entrada + 2,5 de uma bebida consumida) assisti a 2 horas de músicas que me acompanham desde sempre, músicas que não conhecia, músicas que não valorizava, músicas que fui conhecendo, acrescido de boa disposição (apesar de Miguel Guedes ter começado a noite por dizer "nós estamos aqui para vos deprimir") e de um convívio de amigos.
Se algum dia este dueto andar pelas vossas bandas, respondam à chamada porque vale a pena!

Fez-me (re)lembrar a falta que fazem as Rubber Sessions no Hard Club, onde outro Blind Zero (agora ex-) - Marco Nunes -, músicos dos Zen e outros convidados faziam também um espectáculo de covers mas mais na linha "funk".

É bom este regresso aos pequenos bares.

04/11/2004

Bem vs Mal

Nos últimos dias tem-se falado muito sobre a vitória de George W. Bush nas eleições norte-americanas (mas que poderiamos dizer mundiais pois todos seguimos atentamente). Confesso que gostava que este senhor não tivesse ganho mas a confiança em Kerry não era muita... Mas Bush ganhou.

Muitos foram os músicos que expressaram a sua opinião negativa contra este senhor, dizendo que se aproveitou do 9/11, que não tem cultura, que tem uma péssima política exterior, que é mau, etc...etc...

E este post resume-se a isto: "é mau...".

No mundo parece que todas as questões se resumem entre o bem e o mal. É bom ou mau. Gosto ou não gosto. Preto e branco. 0 e 1.

Recentemente vi um discurso do professor Carvalho sobre este tema que foi debatido pelos grandes pensadores europeus e ele dizia a certa altura que estamos a ensinar as nossas crianças que temos de lutar contra o mal. Vejam o exemplo do filme "O Senhor dos Anéis"... Frodo e companhia lutam contra as forças do mal... contra Sauron e Saruman.

Bush também luta contra Saddam e Bin Laden. Acredita ele que é o bem... e os outros o mal.

Mas não será isto tão redutor como o nosso gosto musical ???

Eu gosto bastante do Justin Timberlake mas tenho a certeza que muitos de vós não. Vou "lutar" contra vocês para mudarem de opinião ?

A verdade é que o mundo seria todo muito chato se todos gostassemos do Justin, nem eu quero isso mas... existem demasiados conflitos e até mesmo guerras por existirem demasiadas pessoas convencidas que detém o Bem...

Se tiverem oportunidade oiçam o tema "Bem vs Mal" dos Clã para acompanhar a leitura deste pequeno texto.

02/11/2004

Le Hives

Como não podia deixar de ser aquando da minha última visita a Paris tinha que estar relacionada com música.

The Hives foram os escolhidos para uma noite única no espaço do Elysee Montmartre que deva-se dizer estava completamente esgotado. Como previsto a banda entrou em palco a horas e com um aparato visual bastante simples mas cativante. Um lettering estilo dinner norte-americano a dizer apenas "The Hives" a vermelho e os 5 elementos vestidos a rigor. Um "tuxedo" preto e branco, muito trendy, diga-se de passagem (e o público também ajudou à festa do estilo).

A energia foi tremenda ao longo de uma hora e pouco de actuação com os Hives a debitarem cerca de 20 temas e uns litros de suor.

Esta seria a 2ª passagem do grupo sueco por aquela sala parisiense e até levou ao seguinte comentário de Pelle: " nós já cá tivemos... mas vocês não estavam...". Resta dizer que o novo álbum "Tyranosaurus Hives" demonstrou que é um dos álbuns do ano com tantos singles quantos possíveis.

Posso dizer que foi sem grandes dúvidas o 2º melhor concerto que vi este ano, logo seguido de Franz Ferdinand.

Le Dîner de Cons

"Le Dîner de Cons" ou "O Jantar de Idiotas".

O primeiro é um filme francês de 1998 de Francis Veber com as participações de Thierry Lhermitte, Jacques Villeret e Francis Huster, entre outros. O segundo é uma peça de teatro que está em cena no Villaret inspirado no primeiro, com as participações de Miguel Guilherme, João Lagarto, Jorge Mourato e António Feio (que também encena), entre outros.

A história é muito simples...

Todas as semanas um editor faz um jantar com mais alguns amigos em que cada um tem de levar o mais idiota que conhecem para o "Jantar de Idiotas". Mas neste último o senhor Brochant tem um problema de costas e vê-se impossibilitado de comparecer... mas (infelizmente) o "idiota" do senhor Pignont já estava em sua casa e não se cansa de lhe mostrar as suas maquetas em fósforos dos seus monumentos favoritos... Apartir daqui a vida de Brochant nunca mais será a mesma...

Eu vi primeiro o filme, em 2000, e agora vejo a peça encenada em palco. Confesso que prefiro o original mas é necessário perceber o francês e conhecer a vida deles para compreender o filme. A interpretação dos actores originais é também bastante superior aos portugueses mas não quer com isto dizer que sejam maus. Mas quando se tem um ponto de comparação tão alto é difícil.

Fica o convite para verem o filme e irem à peça de teatro.


Artes

Confesso que cada vez viajo para fora de Portugal visito diversos museus e casas culturais. E quando estou no nosso país a vontade não é muita...

A última vez que me lembro de entrar num museu foi no CCB para a inauguração de uma exposição de arte moderna da exposição Berardo, por isso façam as contas.

Recentemente voltei a visitar Paris (sempre!) e voltei a passear pelo Centro George Pompidou e pelo museu de arte moderna. Sinto-me bastante confortável e confesso que o facto de não se pagar para visitar certas áreas se torna muito aliciante. Esta última visita teve um propósito, comprar copos de cerâmica a imitar os copos de plástico de café amachucados... só visto...

Mas também vale a pena reflectir no estado e divulgação dos nossos museus... Em cidades europeias como Londres, Paris ou Madrid, quando andamos no Metro somos avisados das exposições que estão a acontecer e qual a estação onde se deve sair. No que se refere às condições dos edifícios, nem falo...

São tantas as questões levantadas que nem sei onde acabar...

John Peel (1939-2004)

Um dos homens mais enigmáticos e influentes da rádio mundial desapareceu. John Peel era o mais antigo animador da BBC Radio 1 e possivelmente o melhor. Durante cerca de 40 anos deu a conhecer (descobrir é uma palavra que nem se devia usar para os navegadores portugueses) diversas bandas como The Fall, The Undertones ou Sex Pistols, entre muitos outros.

Confesso que costumava ouvir semanalmente pelo menos uma emissão deste senhor e o gosto eclético do senhor Peel (de seu nome verdadeiro Ravenscroft) surpreendia qualquer um.

Como dizia alguém em Inglaterra, "pelo menos quando chegarmos ao Céu, vamos ter boa música".

Long live, John Peel !

06/10/2004

O que entendes por barato ?

Normalmente quando alguém vai às compras chega e diz:"comprei os discos X, Y e Z no sitio A e foram muito baratos".

Ultimamente tenho sentido que nenhum preço é barato para mim quando se tem de pagar o empréstimo da casa, a mobilia, a luz, o telefone, a água, as propinas na faculdade e tudo o mais que existe na vida de uma pessoa...

Por isso vos pergunto, o que entendem por barato ? Qual o vosso método de avaliação ? E conhecem algum truque para isso deixar de acontecer ?


EMA's

Pelo segundo ano a MTV europeia vai gracejar um artista português com o prémio "Portuguese Act". Em 2003 os Blind Zero foram a primeira banda a aparecer com uma estatueta da cadeia de televisão nas mãos e tudo mudou.... mudou (perguntam vocês) ???

Pois bem... há quase um ano atrás fiz essa pergunta a mim mesmo... ao ganhar este prémio mudaria algo a nível nacional e internacional ?

Aquilo que se vê (e não sei se existem contactos e negociações a decorrer) mas foi rigorosamente nada. O novo disco, editado pela multinacional Universal, não teve distribuição em mais lado nenhum. E os Blind Zero quando foram tocar a Itália, relacionado com os concertos MTV, ficou-se por pouco mais. Ainda por cima o contacto com os Blur feito nessa altura ficou gorado aquando da experiência (ou não-experiência) no Coliseu dos Recreios.

Mas voltando ao assunto que me levou a escrever... os nomeados foram revelados e são:

Mesa
Gomo
Clã
Da Weasel
Toranja

Dia 18 de Novembro vamos saber quem ganhou... Fiquem atentos !

30/09/2004

bom dia !

Este é o título de um dos discos mais esperados para 2004. Para muitos dispensam apresentações, para os outros aqui fica...Este é um quarteto formado por Manel Cruz e Pedro "Peixe" Cardoso (ex-Ornatos Violeta), Eduardo (DEP, juntamente com Peixe) e Rui "Ruka" Lacerda que edita o primeiro álbum de originais sob a designação de Pluto.

O disco chega às lojas no próximo dia 18 de Outubro e conta com 12 faixas a saber: "Entre Nós", "Sexo Mono", "Segue-me à luz", "O", "Vem Sempre Depois", "A Vida dos Outros", "Convite", "Prisão", "Lição de Adição", "Lideres & Filhos Lda.", "Só Mais um Começo" (o cartão de visita), "Bem Vindo a Ti" e "Algo Teu" e é editado pela Universal Music Portugal.

Este trabalho tem sido desenvolvido há algum tempo e desde final de 2003 que tem sido gravado nos estúdios do Mário Barreiros.

A capa do disco é da responsabilidade de Filipe Agante (se não estou em erro responsável pela ilustração do single e pelo video-clip) e também de Manel Cruz (nos desenhos) e apresenta um fundo estrelado com as palavras "Pluto" (a vermelho) e "bom dia" (a branco) e um planeta Terra algo diferente. O booklet acompanha as ilustrações com imagens de cidades super industrializadas e sobrepostas por flores, rostos, tanque ou elefantes (entre outros elementos). Um denominador comum é a luz que brilha no céu...

Em termos sonoros, ... daqui que ouvi (1x) gostei bastante e as ligações com o rock anos 70/80 são evidentes, as letras do MC continuam muito ligadas ao universo OV mas obviamente o som final é bastante diferente. Dos temas escutados o "Lideres & Filhos Lda." chamou à atenção.

Entretanto vou ouvir mais umas 20x e depois comento melhor...


Já agora fica a nota que em breve estará online o site oficial em: www.planetapluto.com.

22/09/2004

Almodôvar (o alentejo, não o cineasta)

Recentemente tive a oportunidade de, em algumas horas, ir a Almodôvar (a parte mais sul do alentejo) para assistir a cinco concertos de banda portuguesas e também fazer uma sessão de DJ.

Blind Zero, Wraygunn, Expensive Soul com a Jaguar Band, Flux e Quinteto Tati eram as seleccionadas para uma noite quente mas com um público tipo "semi-frio".

Ainda o público escasseava e aqui o artista (ou xerife como alguns me gostam de chamar) estava a tentar entreter os presente com alguns temas tipo "Zuvi Zeva Novi" (Mler If Dada), "Feeling Alive" (Gomo) ou "Baby" (a versão em inglês dos Mutantes).

Mas por volta das 22h começou o espectáculo ! JP Simões subiu ao palco e gabou os alentejanos de uma longa tradição de alheiras, ou seria plantação de tomates?! Mas sobretudo encantou quem passou os preconceitos e ouviu as canções fantásticas de "Exilio", o disco de estreia do Quinteto Tati. Durante as conversas de bastidores ele confessou-me que a ópera que compôs será editado, assim como um novo disco. Ficamos à espera de ouvir isso.

Entre as mudanças de palco, eu continuava a tentar pôr o pessoal a bater o pézinho e catarolar algumas musicas. E até aconteceu bastante graças a um grupo de pitas que estava na 1ª fila (alguma fã à espreita ?).

Entretanto chega a vez dos Flux. Eficazes, certos mas a precisarem de rodagem. Tem boas canções, bons músicos e um vocalista bastante teatral mas sem cair no exagero. "Twisted" mostrou-se como uma forte canção de rock, pena que o pessoal goste mais dos Evanescence.

Os Expensive Soul subiram logo após e não há muitas palavras para o Max e o Demo. Foram grandes ! Boas canções, atitude, boas vibrações e uma grande presença em palco. Imaginem um punhado de temas r'n'b e hip hop cantadas em português e com um "groove" desgraçado. Se gostam de canções descontraídas (estilo MTV) para ouvir a qualquer altura do dia procurem "BI" nas lojas. Vale a pena !

Quase a terminar a noite e com a adrenalina ao máximo o palco foi invadido (literalmente) pelos Wraygunn, ou deva-se dizer Paulo Furtado aka Legendary Tiger Man. Confesso que já conheço o Paulo há algum tempo e tornamos-nos bons amigos desde que trabalhamos juntos e só por isso torna-se difícil ter uma opinião que não seja positiva. Mas este concerto fica marcado pelo final com Furtado a subir ao sistema de som (PA) e a cantar (sem microfone) para o público. Quando tentava cantar "a capella" apenas com um megafone e a banda insistiu para tocar, ele parou tudo ! E partiu tudo ! Isto é rock n roll !

Já quando o cansaço atingia os corpos mais completos (tipo o meu), os Blind Zero sentaram-se (sim!) em palco e apresentaram um set acústico. Baseado sobretudo no último trabalho de originais "A Way To Bleed Your Lover", os BZ deram um concerto único.

Uma palavra final para o público... só as camadas mais novas é que mexeram ! Toca a arrebitar !

p.s. as alentejanas vão conquistar o mundo... fiquem atentos...

15/09/2004

Me and Madonna

Ontem à noite fui ver o último espectáculo da digressão "Re-Invention World Tour" de Madonna.

Mal soube que a diva pop viria fazer a sua estreia em palcos lusos decidi que não faltaria ao concerto, e assim foi.

Escolhi o último concerto e parece que acertei. Aquilo que vi e vivi é quase impossível de descrever. Um palco estrondoso com 5 ecrãns de alta definição que se movia para todo o lado... um palco extra que subia e descia à vontade do freguês... e todos os cenários que passam por um half-pipe ou por um monte de televisões.

15 bailarinos (fantásticos deva-se dizer), 4 músicos (eficazes), 2 backup singers (que cantavam e dançavam), 1 tocador de gaita de foles (vestido a rigor) e uma série de outros extras que já nem me lembro bem...

Confesso que não houve nenhum momento musical que me tenha marcado mais do que outro, exceptuando o "Material Girl" onde o público entrou em êxtase.

Mas acima de tudo o que fica é uma grande espectáculo, aquilo que um amigo considera de "showbizz". 2 horas non-stop de alta qualidade !

Gostei e quero mais ! Venha o DVD !

07/09/2004

Gomolândia

Nas últimas duas semanas tive de férias e passei um pouco principalmente pelo litoral centro. O mês de Agosto é bastante prazeiroso no que se refere a festas e festinhas. Já não me recordo do dia mas desloquei-me às Meirinhas (junto a Pombal) para assistir às festas da vila com a actuação de uma banda de garagem e do Gomo.

Imaginem um espaço que habitualmente recebe o Quim Barreiros, Mónica Sintra, Emanuel ou Quinta do Bill. Já está ? Óptimo ! Agora imaginem a pop cantada em inglês do Paulo Gouveia em cima de um palco pequeno.

Enfim...

Foi um concerto muito engraçado porque acima de tudo pude constatar que algumas das pessoas que lá estavam conheciam as canções e deviam ter o disco pois cantavam não apenas os singles.

O mais curioso disto tudo foi que algumas horas antes deste concerto fui ao um piquenique junto à Figueira da Foz ouvi o tema "Feeling Alive" cantado por um "grupo de baile" (que neste caso por um rapaz e o seu teclado manhoso). Valeu a pena !

18/08/2004

Desabafo nº ?

Durante os últimos tempos e como já o disse aqui inúmeras vezes este blog serve acima de tudo como terapia para quem não tem tempo para ir à psicologa (ainda por cima é madrinha).

Infelizmente os últimos tempos não tem sido os mais fáceis de aguentar... tenho o meu pai hospitalizado e isso tem afectado o meu trabalho e vida consequente. Em breve espero que acabe...

(...)

p.s. Decidi nas últimas horas tirar daqui o meu desabafo... Motivos: era uma situação que devia ter deixado para mim... Fiquem bem... Volto daqui a 15 dias...

11/08/2004

South by Sudoeste

Nos últimos 5 dias percorri alguns quilómetros de estrada na imediações da Zambujeira do Mar e Vila Nova de Milfontes.

Estive em trabalho no Festival Sudoeste 04 e vi inúmeros concertos. Sobre os portugueses deu para tirar várias notas:

Palco Principal

- Rodrigo Leão: gostei de ouvir o novo álbum "Cinema" no palco principal com várias vozes convidadas (Celina da Piedade, Ana Vieira e Sónia Tavares) mostrando que um bom músico português merece aquele lugar

- Clã: são uma das grandes bandas ao vivo do momento, confesso que não consigo ouvir o último disco mas existe a "surpresa" do ao vivo... vale a pena.

- Da Weasel: tem uma máquina bem oleada com o DJ a entrar cada vez mais nas canções mas confesso que sinto falta de um pouco de espontaneidade nas programações e teclados visto estar tudo pré-gravado

Palco Secundário

- Bunnyranch: grande Kaló... grande concerto... espero que muita gente os veja ao vivo... merecem !

- Sloopy Joe: a Marta é uma performer com A grande. com o calor a fazer-se sentir não houve melhor gel para as picadas de melgas...

- Loto: adoro a atitude, as canções e os rapazes. Força ! Invadam o mundo !

- Gomo: mesmo com febre puxou pelo público até aguentar... gostei particularmente das projecções novas.

Quanto ao resto ou não consegui ver ou não vi o suficiente para opinar...

Nota final, Franz Ferdinand são grandes ! Enormes !

03/08/2004

Hoje é o tricentésimo sexagésimo quinto dia da nossa vida.

(Agradeço ao leitor Trainspotter a correcção que fez ao título deste artigo. Também um artigo escrito por mim às 11 da manhã, tem de se dar um desconto!)
Hoje é o nosso último dia do nosso primeiro ano de actividade enquanto blogue (dito de outra forma: foi no dia 4 de Agosto de 2003 que começamos este blogue). A mim isto deixa-me perturbado porque já é tempo a mais.
Nem eu nem o Gonçalo quisémos que este blogue durasse assim tanto tempo... Quanto mais tempo dura este blogue, menos originais se vão tornando outras ideias, maior é o risco de as vermos desenvolvidas por terceiros, menor é o empenho e mais distantes ficam os argumentos que nos levaram a seguir um ou outro caminho.
Sangue e neurónios frescos precisam-se. Ou então umas boas férias... Quem quiser pagar-nos umas férias faça o favor de deixar como comentário o seu contacto. Não somos exigentes, desde que assegurem boa companhia e as despesas de alojamento e alimentação.
Notas finais:
- Para me pressionar a mim próprio a trabalhar no que realmente interessa, vou evitar escrever aqui, para sentir novamente a falta de espaço para me expressar;
- A todos os leitores que nos acompanham desde o início: já se deram conta que estão todos um ano mais velhos?

23/07/2004

Carlos Paredes 1925 - 2004



Faleceu esta noite aquele que é considerado o mestre da guitarra portuguesa. Um homem com uma alma grande que a espalhou através da música. Não tenho mais palavras para descrever este momento. Foi uma das pessoas que me fez ligar à música portuguesa. Neste momento duro só não sei o que dizer ao meu pai, a pessoa responsável pela minha descoberta de Paredes.

Farewell...

20/07/2004

Nocturnos

Serve este post apenas como desabafo e pedido de desculpas pelos constantes erros no português mas confesso que o uso do computador embruteceu a minha escrita e que devia pegar na caneta novamente. Mas o hábito é tanto...
 
Desabafo pois nestas noites não apetece ouvir música (durante 5 segs)... apetece conversar, beber uns copos, rir bastante... felizmente estou acompanhado.
 
Abraços e continuação de um tempo quente.

09/07/2004

DJ oferece-se

Jovem DJ com algumas experiência em casas lisboetas e leirienses oferece-se para passar uns disquitos e umas musicas porreiras para a malta dançar.

Vasta experiência em casa e para um público nacional e com muita vontade de pôr o pessoal a levantar o pó da calçada.

Com ritmos a irem do rock ao electro, passando pelo garage, funk ou house, este DJ tem a capacidade e destreza de só escolher boas músicas. E se tiveres dúvidas vejam este possível alinhamento:

Stevie Wonder "Master Blaster"
Groove Armada "My Friend"
Fischerspooner "Emerge"
Franz Ferdinand "Take Me Out" (remix)
Kelis "Trick Me" (remix)
The Streets "Fit But You Know It"
The Stone Roses "I Wanna Be Adored" (remix)
Octer "Hey Bonus"
Katerine, Helena & Gonzales "Euro 04"

Só para dar uma ideia...

Este DJ apenas deseja um canto agradável com bom som e uns copos para regar a festa ! Se tiveres interessados contactem o agente daquele que pode ser considerado o DJ mais "out of fashion but in tune" do Mundo !

02/07/2004

Ainda se lembram ?

Recentemente recebi o disco "Nus" dos Mão Morta edição em vinil de 180 gramas. Aquilo que se pode chamar de preciosidade.

Uma edição conjunta entre a Cobra e a Lux Records que me fez recordar os velhos tempos do vinil. Ainda se lembram ? diz o título.

Confesso que acho o disco dos Mão Morta o exemplo perfeito do porquê do não desaparecimento do velho prato e agulha. O gira-discos é um dos objectos indispensável em minha casa e desde que me recordo que sempre tive acesso a um. No inicio em casa da minha avó ao ouvir peças clássicas. Depois a mudança para casa dos meus pais com os discos dos meus pais, das minhas irmãs e depois, e finalimente, dos meus.

O sentir do vinil nos dedos... o observar a capa gigante, comparada com a do CD... e o som ! Aquele ruído bom da agulha a deslizar...

Ultimamente tinha ouvido sobretudo música de dança no prato em estilo de DJ set, algo que já não faço há algum tempo e do qual ando com imensas saudades por isso se alguém souber de um sitio porreiro para tocar uns discos avisem ! Mas a música de dança parece ela um pouco limitada para se ouvir em casa... sentado no meu cadeirão de pele. O rock parece ter outra dimensão. Enfim... já me alonguei neste texto que queria pequeno quando resolvi pegar no vinil dos Mão Morta e ouvir.

Já agora, é um dos discos de 2004 ! Viva !



Acho que nunca vou largar os vinis !

26/06/2004

No princípio era o... drum & voice

Estou acabado de chegar de Aveiro... Estava curioso para ver a "nova" Alanis mas devo confessar que regressei ao Porto um pouco desiludido e se não fosse o dia proporcionado pelo pessoal do AlanisUtopia (que não frequento mas que me foram apresentados lá) mais umas agradáveis surpresas (caras amigas) que fui encontrando por lá, teria dado a viagem por perdida.
Mas vamos ao que interessa... Na "iniciação a uma vida banal - O Manual", os Da Weasel diziam que "No princípio era o verbo - a palavra" e que a rima veio depois. Nesta actuação da Alanis no princípio era a bateria e a voz, os restantes instrumentos vieram depois; só por volta da 3ª música é que o som passou a contar com uma presença, ainda que tímida, do som das guitarras, teclados e baixo e só uma música depois é que se tornou realmente aceitável. Como se não bastasse, o som da bateria estava a passar por algum processo de compressão nos timbalões, o que causa uma sonoridade muito estranha e não pela positiva. Com um som assim, não se percebe o porquê da existência de um longo soundcheck. Logicamente que os fãs "a sério" (eu confesso que tenho cada vez maior dificuldade em me classificar de fã de alguma coisa porque não consigo simplesmente estar a ouvir as músicas, estou sempre a observar características sonoras e a fazer toneladas de raciocínios sobre elas) não aceitariam (ou não aceitaram) estas críticas mas, quem viu o concerto com alguma frieza, sabe do que falo e, de uma forma ou de outra, faz reparos no mesmo sentido.
O aclamado caos não cativou as pessoas presentes mas foi um dos temas deste novo disco, "Knees of My Bees" ("Utopianos", corrijam-me se estiver a dizer algum disparate), que contou com a sonoridade mais positiva de todo o concerto. A entrada para "Not The Doctor" contou com um aspecto curioso, quase "jazzístico" (usando uma expressão que os Blind Zero usaram em tempos para descrever as inúmeras versões que já tinham feito do tema "Maniac Inland").
Um tema que continuo a achar um mistério ter tanta adesão é o "Uninvited". Primeiro: a letra é quase como que a dizer "tu não és bem-vindo" e as pessoas cantam isto como se tivessem a recitar um belo poema de amor. Segundo: não me recordo de um tema exclusivo de uma banda sonora de um filme se tornar assim tão popular (ok, a inclusão dele no "MTV Unplugged" deu uma mãozinha, mas não é preciso muito para se ouvir esse disco e perceber que já ali o tema era um enorme sucesso). É um daqueles fenómenos que não vale a pena tentar perceber.
Uma curiosidade interessante é que imediatamente atrás de mim a assistir à primeira parte do Grécia - França estavam os músicos da Alanis. Acho que conseguiram perceber que: 1. o pessoal estava a apoiar a Grécia (eu incluído); 2. o futebol é vivido com uma intensidade tremenda na Europa e que nesta tour esta é apenas a primeira de muitas em que vão assistir a jogos e conversas de futebol.

22/06/2004

Nova música portuguesa fica mais pobre

Ficámos incrédulos quando recebemos a notícia: aos 24 anos (a idade do pessoal daqui da Ponte Sonora) o coração do guitarrista que dava também uma mão nos teclados dos Norton, Carlos Nunes, parou.
À família, aos restantes colegas de banda e aos amigos, o nosso mais profundo sentimento de pesar.
Como homenagem sugerimos a todos os leitores que coloquem o "Pictures From Our Thoughts" a rodar nos vossos rádios.

16/06/2004

A recuperar...

Nos últimos dias andei em trabalho pelo SBSR. Tive a oportunidade de assistir (não sei se posso usar esta palavra mas tive lá) a vários concertos de bandas nacionais e deixo aqui a minha humilde opinião.

FONZIE - estão a rockar, sem qualquer dúvida. São das bandas mais energéticas ao vivo. Pena que aquilo que eles fazem já existem há muito.

ANGER - Gosto do rock deles mas não me diz muito. Competentes ao vivo.

BLASTED MECHANISM - Foram prejudicados por tocarem antes dos Linkin Park mas o espectáculo está lá todo.

BOITE ZULEIKA - Quando ouvi a maquete deles achei alguma piada e ao vivo não acrescentam muito. Acho que foram favorecidos pelo intenso calor que se fazia sentir.

DEALEMA - Não há grandes palavras. Gosto particularmente quando a Marta (Sloppy Joe) participa...

GOMO - Impressionante ! O homem não pára. Mas é preciso ter atenção à cantoria para não desafinar...

TORANJA - Só consegui ouvir com atenção o "Chaga" a versão dos Ornatos e gostei.

DAVID FONSECA - Gostei de ouvir interpretar canções dos Silence 4, já não era sem tempo.

LOOSERS - Este trio pode ir longe. Tem garra, energia e algum afastamento das coisas. Pena que não tenham tocado o "Sounds Like Eternal"

X WIFE - Achei muito "chapa 5". Mas a atitude está lá.

WRAY GUNN - Paulo Furtado é um autentico "show man". Quando pega na guitarra incendeia. Infelizmente o seu micro não quis ajudar à festa.

PLUTO - Idem, idem, aspas, aspas. Mas aqui falamos de Manel Cruz, o antigo vocalista dos Ornatos Violeta.

CLÂ - Tive uma visão previlegiada deste concerto, não dá para comentar.

E foi tudo... em breve vou ver Mão Morta, Zen, Bunnyranch, Plaza e Xeg em Beja !

01/06/2004

Às voltas com a música da Europa

Estamos a chegar demasiado perto do Euro 2004 e foi-me proposto um desafio deveras interessante na rádio.

Estou a preparar uma série de especiais dedicados aos países que vem disputar a taça da europa.

Portugal, Espanha, Suécia, Dinamarca, França, Rússia ou Grécia são só alguns exemplos. Mas ao invés de falarmos de futebol, aproveitamos para ouvir boa música vinda desses lugares fantásticos.

E posso-vos já adiantar que teremos para todos os gostos e claro com um cunho pessoal. Posso-vos adiantar que no embate entre Portugal e Rússia vou cruzar Blasted Mechanism e um conjunto tradicional de tuva para ver quem percebe menos o que eles dizem e qual está mais nas origens.

Acho que é um desafio interessante e é um exercicio que muitas vezes nem pensamos fazer.

Alguém se lembra que, por exemplo, o Jay Jay Johanson é sueco ? Ou os The Streets ingleses ? Ou as Tatu russas ?

Fiquem atentos e talvez oiçam música que vos interesse...

E já agora apoiem Portugal neste Euro 2004.



25/05/2004

Just waste citizen's money!

Diz o nosso governo que devemos "apertar o cinto"... Ao que parece isso aplica-se apenas ao zé pacóvio, que vê o seu emprego desaparecer e que na hora de votar lá cumpre o ritual como se de uma fé-cega se tratasse. Não vou falar de política nem de crenças, simplesmente parece-me que andam a gozar com a nossa cara. Tanta coisa com o apertar do cinto e as empresas públicas mudam e re-mudam.
Em termos de televisão, já nos habituámos a ter uma RTP que muda mais vezes de imagem do que de conteúdo. Dinheiro deitado fora a mudar logotipos, a re-decorar estúdios, a re-fazer logotipos para microfones e viaturas, como se fosse a imagem, o logotipo, que importasse. Aquando a direcção Montêz a RDP Antena 3 sofreu uma (a primeira) mudança de imagem: "para pior", disse eu na altura. Há coisa de um ano foi a vez da RDP Antena 1, que criou uma campanha televisiva fantástica mas que não soube ir mais além, chegando ao ponto de "mandar a baixo" o seu antigo site (http://www.rdp.pt/antena1/), lançar o domínio http://www.antena1.pt/ (que é nada mais nada menos que uma cópia do sub-domínio http://antena1.rdp.pt/) mas de site é que nem sinal. Mais recentemente foi a vez da Antena 2, também grandes mudanças estéticas e uma equipa autodidacta que resolveu fazer o seu próprio web-site ainda que recorrendo a formatos estáticos. Basicamente foram mudadas pinturas, envelopes personalizados, papel timbrado e mais um sem-número de coisas que agora são lixo.
Com a integração da RTP e RDP na Rádio e Televisão de Portugal, Almerindo Marques resolveu simplesmente deitar por terra aquilo que, em grande parte, foi já criado pela sua administração. Assim temos:
AntesDepois
Antiga nova antena 1Nova nova antena 1
Antiga nova antena 2Nova nova antena 2
Antiga nova antena 3Nova nova antena 3

Tirando a imagem mais homogénea com a qual sempre concordei, o que é que se ganhou com estas mudanças tão rápidas?

O Gonçalo dizia aqui há pouco tempo que "alguém nos anda a roubar", eu não diria tanto mas que há alguém a gozar com a nossa cara, disso não tenho eu dúvidas. Afinal a contenção serve só para dispensar pessoas da RTP e da RDP; quando é para gastar dinheiro em questões que não têm o mínimo carácter urgente nem representam nada de significativo enquanto serviço público já não há preocupações com despesas. É isto que queremos? Uma preocupação com a imagem e um total desrespeito para com as pessoas? É altura de dizer basta... e 13 de Junho está a aproximar-se...

Nota final: as bolas indicativas do número do canal fazem-me lembrar as dos concursos da Santa Casa...

12/05/2004

Ritmo e as Palavras

Ao longo da minha vida tenho variado (dizer evoluindo é exagero) na música que oiço. E vejo isto de uma forma simples...

Quando tinha 5 e 6 anos ouvia os Queijinhos Frescos, Onda Choc e afins. Mas milhares de versões invindáveis para crianças e tomei pela primeira vez conhecimento com os Europe ou Scorpions. Dois anos mais tarde começo a vasculhar a colecção das minhas irmãs e peguei nos discos dos Beatles e fiquei fascinado. Aquela melodia, aquela construção simples e elaborada agarrou-me. Durante um pequeno periodo virei-me para o rock mais pesado com os Guns N Roses (grandes na altura) ou Iron Mainde, só para dar dois exemplos. Em 96/97, quase a entrar na faculdade ouvia basicamente os Radiohead, Jeff Buckley, Placebo e afins.

Chegado a certa altura comecei a fartar-me de quase tudo e senti que a minha vida precisava de luz. Alegria ! Alegria ! Podia ser o meu grito da altura.

Nos últimos tempos ando a ouvir muito rap. Desde os fenómenos mainstream (Eminem ou 50 Cent), passando por alguns senhores Jay-Z e Nas, assim como músicos europeus (sobretudo franceses, ingleses e alemães). E ando apaixonado !

The Streets, Saian Supa Crew ou NERD são nomes recorrentes na minha lista do Windows Media Player. E não vou fazer referência ao material português que está numa fase super positiva.

Mas atenção não deixei de ouvir outros estilos. Nem pensar ! Continuo a adorar discos de Interpol, Zoot Woman, White Stripes, entre outros.

Mas sinto e a música é isso. Sentir ! Aquilo que nos mexe ou nos faz mexer, e com sorte as duas coisas.

E acabo com o meu pensamento do dia:

"O Outro Lado do espelho existe"

Make your own

Dos Madcab há duas palavras a dizer: coragem e cuidado.
A primeira coisa que me saltou à vista na demo foi a capa aparentemente impressa a jacto de tinta (impressão caseira, portanto) mas quase que se podia cair na tentação para dizer que é uma capa de um disco final tal é a qualidade tanto da imagem como da impressão, não descuidando o papel. Abrindo a caixa, um CD-R devidamente "coberto" com um autocolante próprio também impresso com alta qualidade. Ainda sem iniciar a audição fiquei com a sensação que estava a lidar com gente que tem cuidados com a imagem e que se empenha para obter o resultado que pretende.
O som dizem eles que é Rock, eu diria mais grunge com uma íntima relação com os primórdios dos Pearl Jam. O tema "Under a Shell", o segundo da demo, até chega mesmo a colar-se ao "Even Flow" nos seus segundos iniciais. Esta não é uma crítica de bota-a-baixo, pelo contrário, é sinal que a qualidade desta gravação consegue mesmo lembrar-me registos discográficos de grande sucesso mundial. Contudo é preciso ter coragem para se apresentarem em 2004 com um som que já tem uns 12 anos e que foi tão característico de uma época não muito distante.
Para finalizar: neste pacote a banda incluiu um postal com uma parte da sua biografia e contactos mas a foto deste deixa muito a desejar e faz-me questionar se a qualidade da capa do CD foi um mero acaso. Na foto do postal estão os 4 músicos vestidos de preto e com um ar de "maus da fita" (tipo gang). É uma pena este postal mas também no melhor pano cai a nódoa.

Tempos mortos

Serve esta posta para dizer que regressei finalmente a casa depois de alguns dias numa mini-digressão pelo país e que estou a preparar uma série de textos.

Aproveitei nestas saídas para ver algumas bandas ao vivo (sobretudo nacionais) e tirar notas. Não consegui ouvir discos mas falei e muito sobre a indústria, principalmente os jornalistas.

E tenho a clara noção que preciso de ser mais optimista.

Mas em todos os bons momentos, existe o outro lado do espelho...

Mais novidades em breve !

27/04/2004

Via postal

Depois de chegar a casa e instalar-me (não bem verdade mas ok) tenho finalmente a possibilidade (sobretudo em viagens de carro) os discos nacionais que me chegaram durante as férias (e não só). E não foram poucos, senão vejamos...

- Mão Morta "Nus"


Ainda não ouvi. Merece total devoção.

- Mercado Negro "Mercado Negro"


É um dos discos do verão de 2004, sem qualquer dúvida ! Boas canções, simples e apelativas a todos. Espero poder ver Messias ao vivo nos festivais de verão pois merece.

- Quinteto Tati "Exilio"


Uma grande surpresa em português. Quem não conhece, este é um dos projectos paralelos de JP Simões (vocalista dos Belle Chase Hotel) mas cantado inteiramente em português. E que belas histórias !

- MatoZoo "Funk Matarroês"


Já tinha recebido a algum tempo mas faltou-me o tempo para escutar com atençãoo. Gosto dos instrumentais mas acho que a tentação de usar palavrões a torto e a direito faz com que o disco perca o equilibrio.

- DEP "Esquece Tudo O Que Aprendeste"


Ainda não ouvi.

- Yellow W Van "Ninguém Faz Filmes de Olhos Abertos"


Estou a ouvir aos poucos... até agora sem opinião formada.

- Wraygunn "Eclesiastes 1.11"


Grande disco ! Mais uma vez Paulo Furtado surpreende e pela positiva. Mudou algumas coisas na banda, afinou uns pontos e ficou a ganhar. Disco do ano !

- Nuno.Nico "Nuno.Nico"


Nuno. Nico são Nuno Prata e Nicolas Tricot, respectivamente ex-Ornatos Violeta e ex-Red Wings Mosquito. Um projecto acústico baseado em canções polidas de amor. Trouxe-me memórias antigas mesmo estando a ouvir isto pela primeira vez. E só consigo pensar no Pluto...

- Ena Pá 2000 " A Luta Continua"


Ainda nao ouvi.

- XEG "Conhecimento"


Ouvi sobretudo quando estava de férias e gostei das rimas. O lado instrumental é que deixou algo desiludido mas ainda tenho de lhe dedicar alguma atenção.

- Clã "Rosa Carne"

Ainda fresco, está na lista de espera para as próximas horas.

Para já é tudo... mas já notaram que este ano estamos recheados de bons discos portugueses ? Como se diz na vitivinicultura, é uma boa colheita ! Para breve esperam-se novos episódios.

25/04/2004

Alterações...

Por questões de regulamento interno, a empresa CTT - Correios de Portugal, S.A. impediu que o meu apartado fosse usado para receber correspondência dirigida a "Ponte Sonora", tendo ameaçado a sua devolução imediata ao invés de a colocar no apartado. Isto não se aplica apenas a correspondência com aviso de recepção e/ou para ser entregue em mão própria, aplica-se a toda a correspondência. Tal medida parece-me um pouco exagerada mas compreendo que com todo o clima de suspeição que se vive sejam tomadas estas medidas extremadas por forma a garantir a segurança quer da empresa quer dos clientes.
Se algum leitor já foi alvo de correspondência devolvida dirigida a mim, por favor re-envie-na colocando o meu nome pessoal (Manuel Silva) e não o nome do projecto em curso (nome de código "Ponte Sonora"). Esta medida aplica-se também a qualquer correspondência que venha a enviar: NÃO escrever o nome "Ponte Sonora", ESCREVER "Manuel Silva".
Mas não foi só o apartado que sofreu alterações. Também o motivo dos "Finalmente" que foram aqui escritos está a passar por uma fase de redefinição. Como isto é um blog essencialmente dirigido a amigos, não vale a pena andar com rodeios: eu e o Gonçalo não temos conseguido chegar a um entendimento para continuar em conjunto esta fase do projecto. Eu espero, muito sinceramente, que seja uma situação perfeitamente localizada no tempo e que depois de ultrapassada esta fase o Gonçalo abrace novamente a causa. Contrariamente ao que o Gonçalo escreveu aqui (afinal não existem "finalmentes"), eu acho que os finalmentes se mantêm válidos e tenho continuado a trabalhar para acelerar outros finalmentes.

Já que o apartado foi retirado da coluna lateral, aqui fica a morada direitinha para onde podem enviar notícias, músicas, cartas, etc.:
Manuel Silva
Apartado 1047
E. C. Valbom
4424-908 VALBOM GDM

23/04/2004

Portugal nos olhos de muitos

Para encerrar um pouco os textos das minhas extensas férias pelo país de Asterix e Obélix, aqui fica umas notas soltas de coisas que encontrei em França sobre o nosso país e cultura.

1. António Lobo Antunes é um dos escritores mais consagrados. Tive a oportunidade de ler vários artigos sobre o seu novo livro.

2. Morrisey (sim, o lider dos Smiths) anda a ler Fernando Pessoa. Comprou alguns livros numa livraria de Los Angeles e anda apaixonado.

3. A colectânea "Nylon Showcase #3" encontra-se à venda nas melhores lojas de discos e incluida numa campanha de novos valores da música de dança de uma das melhores rádios locais parisiense.

4. O fado é o grande exportador da cultura musical portuguesa.

5. Na loja da Virgin dos Champs-Elysees encontrei 2 postos de escuta retirado da antiga loja do Rossio onde se podia ler: "Entre a mudança de cada disco, existe uma pausa.".

E acho que é tudo. De certeza que existem mais curiosidades lusas mas agora a cabeça não dá para mais.

Vou continuar a exorcizar os demónios !

22/04/2004

Portugal VS França

Para quem não sabe fui de férias durante algumas semanas para França. Basicamente para Paris e arredores. E durante este tempo todo tive oportunidade para ver e ouvir muitas coisas. E pensar bastante ou nada !

E aquilo que me leva aqui a escrever vai ser dividido em 3 tomos:

1 - Música
2 - Media
3 - Sociedade

E sobre cada um vou-vos deixar algumas ideias e conjecturas de que me apercebi e que aqui (ainda) podem deixar a vossa opinião.

MÚSICA

Quando fui apanhar o avião levava na bagagem alguns discos recentes da música portuguesa, casos de Xeg ou Loto. Que ouvi em doses reduzidas durantes as férias dedicadas a ouvir novos sons gauleses. E os casos foram muitos... Desde Autour de Lucie, Dominique A, Octet, Abd Al Malik, Sniper ou M, tudo passou pela colunas de várias aparelhagens. E obviamente que trouxe alguns para casa e outros que já estou a retirar do "pássaro azul" pois o $ não chega nem para metade. E vamos às contas:

Autour de Lucie "Autour De Lucie"

Confesso que pouco sei sobre este grupo. Tem mais de 10 anos de actividades e gravar este disco pelo qual me apaixonei mal ouvi na Virgin dos Champs-Elysees. É capaz de ser uma mistura entre o sentido bucólico dos Portishead com a clareza de uns Clã. Mas sei sei dizer bem...

Abd Al Malik "Le Face à face des coeurs"

Este rapper foi outro caso de quase paixão à 1ª escutadela. Este é o líder dos N.A.P. e editou agora este disco a solo que me fez lembrar o sentido romântico de uns Mundo Complexo ou de um NBC. Com letras fortes e ritmos bem produzidos, é um caso a ouvir e ouvir...

E para já ficamos por aqui... não vale a pena falar nos Octet...

Passando ao capítulo DVD aquilo que me espanta é os preços praticados. O DVD já existe há tempo suficiente para estarem algumas coisas (boas) a MID-Price e menos. Como o caso de:

NTM "Live au Zenith"

Nem vos vou dizer quanto me custou este DVD fantástico de umas das melhores bandas de rap francês. E estes concertos foram incriveis. Já agora, fiquei atentos pois o Khool Shen editou um disco a solo fantástico.

Para terminar o capítulo de música só falta referir o aspecto ao vivo.

The Shins, Le Tigre, Einsturzende Neubaten, Magik Malik Orchestra, Troublemakers, Zero 7 ou Blue Note Festival (Martin, Medesky & Wood, Jason Moran, etc) são só alguns dos casos estrangeiros.

Enfim... Portugal é uma tristeza !

MEDIA

E como não podia deixar de ser também vi muita TV, ouvi rádio e li jornais e revistas. E o que dizer ?

Na TV com 5 canais nacionais livres, os franceses estão servidos para todos os gostos, faixas etárias e credos (quase todos). Começando pelo Arte passando pela TF1, tudo se pode ver. Desde o magazine de cultura urbana de extrema qualidade ao "reality show" onde apresenta famosos fechados numa quinta a tomar conta do gado. Mas olhem para os blocos de noticias que geralmente não ultrapassam 40 minutos e bastante resumidos, com destaques ao futebol de 15 segundos e sem direito a imagens (excepto a vitório do Mónaco frente ao Real).

Na rádio o panorama não é diferente. Milhentas rádios locais de qualidade e as nacionais fogem ao estigma português de parecerem todas iguais. Oiçam a Le Mouv e a NRJ e digam-me onde se faz isso cá. Principalmente a NRJ com uma orientação para o mercado pop, r&b e rap muito grande e com resultados enormes. Mas nesta altura e há algum tempo que a Europe 2 domina o mercado sobretudo graças a um homem chamado Cauet. Ele é o génio das manhãs, já encheu o Olympia durante 4 horas e às 6 da manhã e tem graça, muita graça ! Seria possível fazer em Portugal ? Tenho dúvidas... Para terem uma ideia o homem tem um programa de TV semanal de 3 horas no prime-time da TF1 e vários pequenos na MCM (o programa mais visto do canal francês). Mas os números nem são o mais importante. Mas sim a postura, o trabalho e o resultado final.

Na imprensa escrita, gosto como sempre de ler o "Les Inrockuptibles" que me fez corar e sorrir ao ler vários artigos referindo Portugal (e já vou falar sobre isso daqui a pouco). Mas também outras tantas revistas como a Groove (com um CD oferta) ou outras. Mas comparando os dois países, porventura aquilo que fosse preciso era alguns jornalistas nacionais de irem novamente para a Sorbonne aprender umas coisas.

E aqui acaba o capitulo media, passamos ao final.

SOCIEDADE

Temos pano para mangas e madeira suficiente para nos queimarmos. E vou-vos falar de alguns exemplos por mim vividos para fazermos uma simples comparação entre os preços praticados nos dois mercados.

Big Mac (McDonalds): França - 3 euros / Portugal - 3 euros
ADSL (540k): França - 15 euros (sem limite real de downloads e contractos de efectivos) / Portugal - 25 euros (10 horas por mês e 1 ano de contracto).
Gasóleo: França - 0.840 / Portugal - 0.740
Jantar (para 2 pessoas num restaurante): França - 50 euros / Portugal - 50 euros

Olhando para este quadro comparativo só se pode dizer: alguém nos anda a roubar !!!

Portugal está sem poder de compra e temos dos preços mais caros da Europa. E vou parar por aqui que o dia já vai longo e amanhã tenho muito trabalho e chatices... bahhhhhhhhhh....

Frase do Dia:
"Amigos e inimigos, juntem-se para assistir ao meu fim" Júlio César

Há dias assim...

Voltei de férias e infelizmente parece que Abril não é o meu mês (apesar de fazer anos, que nunca foi um bom preságio diga-se de passagem).

Devo-vos dizer que tinha encontrado uma casa fantástica mas não posso ficar com ela...
Devo-vos dizer que afinal não existem "finalmentes"...
E devo-vos dizer que a cabeça humana é um lugar estranho (frase inspirada na filme "Lost in Translation" de Sofia Coppola).

E vou escrever !

13/04/2004

Dia de discos

Hoje foi um dia de discos novos. O primeiro que coloquei no leitor de CD veio da Escócia, de um amigo pessoal. Sob título "Badly withdrawn boy", J.P.Keenan apresenta 11 temas, 5 dos quais originais. A gravação foi feita em casa e em alguns casos a forte compressão digital quase que estraga as canções. Keenan é um irlandês com influências do som tradicional do seu país, da country e de John Lennon e confesso que não esperava algo tão bem feito tendo em conta a forma como foi gravado e o que conhecia há dois anos atrás dele. O primeiro original é um instrumental chamado "The Ballad of Helena", depois segue-se a boa disposição com "I am the cactus", "The short song" (uma música que na versão original tinha cerca de 10 segundos, agora transformados em 47), "My big ole baby" e o leque de originais completa-se com "Lesbians". Nas versões, inteligentemente intercaladas com os originais, podem-se ouvir temas como "A Boy Named Sue", do falecido Johnny Cash; "The Only Gay Eskimo" (Weird Al Yankovic); "The Man Who Sold The World" (David Bowie); "Life's Gonna Suck When You Grow Up" (Denis Leary); "I Wanna Grow Old With You" (Adam Sandler) e "Blackbird" (The Beatles), esta última numa versão em que apenas estão representados alguns acordes e uma conversa pelo meio. Agradou-me imenso este disco!
O segundo disco recebido já aguardava levantamento desde os primeiros dias deste mês, trata-se de "The Club", dos "Loto". Penso que é complicado ouvir este disco sem fazer comparações, apesar de já ter afirmado aqui que acho uma sonoridade interessante para ser ouvida sobretudo "fora de casa". Mal comecei a ouvir, vieram-me trazer um disco de New Order e disseram-me para parar a audição deste disco gentilmente cedido pela Universal Music e ouvir um pouco do disco dos New Order. É um facto que sempre que ouvia na rádio o single "Back to discos", sentia que conhecia aquela sonoridade mas não sabia bem de onde. Hoje ficou esclarecida. Eu não condeno bandas que têm estilos semelhantes a outras, desde que o façam com gosto e convicção. No disco dos Loto, em cada uma das músicas é possível identificar um ou outro som conhecido de outra música mas as canções no seu todo soam bem, estão bem trabalhadas, e sei que fazem aquele trabalho com gosto, com convicção e com vontade de fazer coisas novas. É uma banda a seguir com MUITA atenção.
Entretanto ouvi pela primeira vez o Manifesto em CD, contudo não o CD que me foi dirigido em primeira mão e que continuo a aguardar que a CTT - Correios de Portugal, S.A. se digne contactar a editora no sentido de possibilitar o re-envio gratuito do disco visto que este foi devolvido por incompetência de funcionários da empresa. Os EZ Special não fogem ao seu estilo e apresentam dois temas bastante curiosos e aplica-se aqui tudo aquilo que escrevi sobre os Loto: as influências são claras mas a qualidade está lá e a evolução daqui para a frente tratará de ditar o resto. Não sei porquê, o tema "In n'Out" tem algo que me leva a associá-lo a publicidade futebolística. Se calhar o operador de telecomunicações que usa a música dos EZ Special como slogan promocional, que é patrocionador oficial do Euro 2004, poderia substituir o já excessivamente rodado "Daisy" por este novo tema. Os Mão Morta levantaram o véu do álbum "Nus" neste Manifesto com a inclusão do tema Estilo e um retrocesso aos Mutantes S21 representado pelo tema "Berlim (morreu a nove)", numa versão ao vivo. É interessante ver uma banda tão respeitável e com tanta história como os Mão Morta a entrar num projecto como este. Os Anger também dão voz ao Manifesto, sendo a vertente mais pesada do disco. Confesso que este rock pesado não me agrada muito mas há-de haver qualquer coisa que faça com que tantas bandas deste género apareçam e desapareçam de uma forma fugaz e estes se mantenham firmes ao longo de vários anos e com um público muito fiel. O Manifesto termina com uma banda de hip-hop (Mentes Conscientes), cuja primeira faixa me trouxe à memória a compilação da Matarroa que mencionei como um dos discos de 2003, infelizmente por já ter ouvido algo quase-chapado neste disco. Como não estava com muita paciência para mais "déjà vus", resolvi avançar para a faixa seguinte ("Manter a chama acessa") e foi uma desilusão... O tema que fecha o Manifesto vai buscar exactamente o mesmo sample que os Mind Da Gap usaram em 1997 em "Oficiais MCs", do disco "Sem Cerimónias". Não creio que os Mentes Conscientes não tivessem conhecimento do tema dos Mind Da Gap.
Para acabar o dia, "Nus"... É Mão Morta, não há reinvenções de nada, e o formato tradicional continua a funcionar extremamente bem. Quando no primeiro tema ("Gumes") me aparece a indicação que teria 25 minutos de música, quase que tinha a tentação de avançar em fast-forward. Ainda bem que não o fiz. O tema ouve-se sem sacrifícios e conta com um leque de convidados que dão um colorido interessante a este tema. Depois seguiu-se um tema que já tinha ouvido na RDP Antena 3 e na playlist que agora passa nas frequências da extinta VOXX: Gnoma. Miguel Guedes (vocalista dos Blind Zero) revela-se particularmente bom a cantar português e enquadra-se perfeitamente no ambiente melódico dos Mão Morta e desta música em particular. Eu não vou referir os temas um-a-um porque corro o risco de ficar sem adjectivos para definir este disco. Recomendo que, quem não o comprou hoje com o Blitz, o faça na próxima semana novamente com o Blitz.

01/04/2004

Festa do Bloco

Com um nome pouco original, o Bloco de Esquerda apresenta o seu "festival". Por apenas 15,00EUR o movimento político Bloco de Esquerda proporciona 2 dias (2 e 3 de Abril) de actividades no Pavilhão Terlis, nas Docas de Alcântara.
O programa musical está dividido por dois palcos.
No dia 2, primeiro dia do evento, actuam no palco 1: Mário Laginha, Camané, Mísia e Sérgio Godinho (com Vitorino e Tito Paris).
No dia seguinte já existem dois palcos em funcionamento. Pelo palco 2 passam: Dead Combo (14h30m), Vera Mantero e Pedro Pinto (19h) e The Legendary Tiger Man (21h). A música continua no palco principal com os Chullage (22h), Sloppy Joe (23h), Rádio Macau (0h) e Terrakota (1h).
Pelo meio há DJs e VJs, assim como intervenções políticas.

Mais informações em: http://www.bloco.org/index.php?option=news&task=viewarticle&sid=994

29/03/2004

Catálogo Bor Land em destaque nas FNAC

A editora liderada por Rodrigo Cardoso estará em destaque na cadeia de lojas FNAC durante a primeira quinzena de Abril. Para além de ser possível adquirir discos lançados por esta etiqueta a preços especiais, a editora e a multinacional francesa oferecem uma série de concertos com nomes ligados ao catálogo. A quase totalidade das bandas já pisou os palcos FNAC anteriormente mas certamente que será agradável rever todos eles.
Segue-se a agenda já confirmada de cada um dos nomes da editora:
IN HER SPACE
3 de Abril, 10h: FNAC Chiado - Lisboa
11 de Abril, 11h: FNAC Cascais
17 de Abril, 0h: Galeria Zé Dos Bois - Lisboa

ÖLGA
8 de Abril, 23h30m: O Meu Mercedes É Maior Que O Teu - Porto
9 de Abril, 17h: FNAC Sta. Catarina - Porto
10 de Abril, 17h: FNAC NorteShopping - Matosinhos
10 de Abril, 21h45m: FNAC GaiaShopping

ALLA POLACCA
4 de Abril, 21h45m: FNAC GaiaShopping
10 de Abril, 19h: FNAC Sta. Catarina - Porto

STOWAWAYS
10 de Abril, 17h: FNAC Sta. Catarina - Porto
10 de Abril, 21h: FNAC NorteShopping - Matosinhos
11 de Abril, 21h: FNAC GaiaShopping

OLD JERUSALEM
6 de Abril, 22h: FNAC NorteShopping - Matosinhos

KAFKA
3 de Abril, 21h: FNAC NorteShopping - Matosinhos
9 de Abril, 17h: FNAC GaiaShopping

BILDMEISTER
15 de Abril, 21h30m: FNAC NorteShopping - Matosinhos
29 de Abril, 23h: Semana Académica de Famalicão

Mais informações em http://www.bor-land.com/ e em http://www.fnac.pt/.

25/03/2004

Exorcismo

Nos últimos tempos este espaço serve, para além de tudo, para exorcizar os demónios (deve-se ler entre aspas) da minha vida.

Como diz o Álvaro Costa: "é mais barato que ir ao psi". E eu concordo, mesmo quando uma das minhas melhores amigas (se não a melhor) é psicologa.

Mas estou agora a chegar a um novo ciclo da minha vida e estou com vontade de partilhar com todos os que lêem este canto.

Daqui a alguns dias já estarei de férias na cidade-luz e a ter um descanso merecido... no meu regresso esperam-me novos desafiose e novas etapas para velhos sonhos... em breve sairei da casa dos meus pais onde vivi os últimos 23 anos e da qual tenho as melhores recordações... quando o calor apertar vou finalmente juntar o meu apelido a outra pessoa... e a vida vai continuar !

Nos últimos dias tenho pensado um pouco na vida. Confesso que é algo já habitual nesta altura do ano, a chegada da Primavera e o meu aniversário fazem isto.

E conclusões que eu tiro deste ano é:

Consegui dar mais um passo para a frente. E estou orgulhoso.

Mas olhando também para o ano que passou fico com a clara impressão de várias coisas como: sou uma pessoa que não gosta de confusões (não mesmo), sou politicamente correcto, sou demasiado desorganizado, sou mal pago e sou, entre defeitos e qualidade, um gajo simples.

E dissecando todos os pontos acho que a vida está demasiada repleta de confusões e ainda que há quem diga que são essas coisas que dão sal à vida, eu prefiro evitar. Quanto ao politicamente correcto, este talvez seja um discurso que aprendi demasiado novo e agora não sei se para o bem, se para o mal. No que toca à desorganização, meu amigos... para vos provar só mostrando uma imagem de como estou agora a escrever este texto... enfim... Quanto ao mal pago, não vou deixar aqui o meu comentário. Para terminar, sou simples. Gosto de coisas simples... de um bom disco, de passar um bom tempo com os amigos, de passear, de estar com a minha (futura) mulher, de trabalhar (confesso), de ler uns textos bem escritos (e cada vez os meus estão piores...) e de chocolate, bolo de bolacha e dos meus sobrinhos. Adoro os meus pais (sempre) e as minhas irmãs (mesmo com as lutas). Adoro apanhar sol, nadar, jogar futebol, rir, correr, beber uns copos e estar com os amigos. Detesto pessoas falsas, pessoas desconfiadas, pessoas que me julgam sem me conhecer, mousses instântaneas e pouco mais.

A lista é longa e aquilo que esta noite escrevo é como diz o título: um exorcismo !

Nas próximas semanas estarei de férias e assim afastado deste cubo.

Vou aproveitar estes dias para entregar o IRS, tratar do crédito para a casa, da ligação à internet na nova morada, do local para a boda, do novo site da rádio, das revistas que faltam, de mim e...

Abraços ! Até ao meu regresso...

16/03/2004

Muitos discos e pouco tempo

Nos últimos tempos tenho ouvido discos de todos os quadrantes... desde jazz (Colectânea "Biznic 3") passando por hip-hop (Cee-Lo) e até mesmo electrónica-pop (Scissor Sisters).

Para além de estar a trabalhar para 3 (em breve vão ser 4 ou talvez 5) sitios diferentes todos ligados à música, adoro ouvir coisas novas. Ao invés do público em geral, que gosta de ouvir quase sempre a mesma coisa, ou que se assemelhe a algo. Que me lembre sempre fui assim...

Mas o que me leva a escrever aqui é:

com o trabalho que tenho na rádio... e ao escrever para duas publicações (Mondo Bizarre e DIF) com uma tiragem conjunta de quase 40 mil exemplares... ainda por cima sendo o editor de música da DIF... acham que devia estar na lista de promoção das editoras majors ?

Eu sei que é muita gente mas mesmo assim...

Desculpem o desabafo #2 mas isto serve um bocado para terapia. Quando temos os amigos longe...

Mas o que me levou a escrever foi:

. qual o truque que vocês usam para escolher os discos novos que ouvem ?

Cada vez acho que oiço os discos com menos atenção... e demasiado atrasados em alguns casos. O último foi o disco do Mourah... que me impressionou bastante. Acho que devia ter incluido na lista dos melhores do ano...

Hold it Now...

Ah pois é...

Finalmente consegui ouvir as 1ªs faixas para o novo disco dos meninos N*E*R*D tintiulado "Fly or Die".

Das duas que ouvi até agora com mais atenção ficou "Maybe" com um groove especial a começar tipo marcha, com um piano e uma guitarra a darem um toque especial. E Pharrel a cantar como nunca. Uma canção de amor à maneira.

E também o tema título... com um ritmo mais acelerado... onde se pode ouvir no inicio "This is for the kids". Um tema alegre, ritmado e com onda.

Vamos esperar para ouvir o resto com toda a atenção mas para já:

DISCO DO ANO !!!

Fica aqui a capa...

15/03/2004

Do Porto para o Mundo...

É finalmente esta noite que Old Jerusalem (mais conhecido por Francisco Silva) invade o éter radiofónico para apresentar "April", o seu disco de estreia.

Para quem não se recorda este é um dos melhores discos portugueses de 2003 (?!) com belas canções, uma presença fantástica e simples. E nem sei bem o que dizer deste rapaz que tive a amabilidade de conhecer durante estas sessões.

"3 Pistas" é o nome deste trabalho desenvolvido pelo Henrique Amaro (Antena 3) e que hoje, depois das 23 horas, podem ouvir com o Old Jerusalem.

Quem não conhece o conceito é simples:

3 microfones
1 autor
canções originais + 1 versão

Já passaram por lá artistas como Los Hermanos, Toranja ou Grace e os resultados foram muito satisfatórios.

Aqui fica a nota para não perderem este concerto único...

Antena 3 - "Portugália" - 23 horas
OLD JERUSALEM

11/03/2004

Acções Vs Palavras

Esta é a hora que regra geral chego a casa, sento-me ao computador, ponho os headphones e ligo a TV. Por acaso apanhei um filme que mesmo cheio de clichés me parece interessante mas isso agora não interessa.

Num dos momentos do filme o protagonista é confrontado com a seguinte frase:

"Action speak louder than words". (tradução livre: "As acções valem mais que as palavras")

E fez-me pensar...

E nos dias que correm fala-se muito... sobre isto, sobre aquilo, somos todos muito amigos, politicamente correctos e blá, blá, blá... mas... a verdade é que os actos, regra geral, são contrários às palavras.

São poucas as pessoas que dizem na cara: "Eu não te gramo." Quando de facto pensam isso e fazem coisas nesse sentido. Mas também é verdade que existe uma ténue barreira entre a falsidade e a "não verdade". Mas não é preferivel manter a distância ? Não fingir que gostamos da pessoa ?

Talvez por trabalhar num meio onde é lixado ter inimigos a percepção da "realidade" seja deturpada. Mas eu também confesso que não gramo chatices.

Mas confesso que não gramo muita gente... principalmente cinicos, falsos, interesseiros, oportunistas e maus profissionais.

Desculpem o desabafo mas o Mundo é um lugar estranho !

10/03/2004

Gomo digerido...

Serve este pequeno comunicado para vos dizer que já ouvi e digeri o disco do Gomo e as opiniões são:

- gosto do lado mais calmo do rapaz
- das músicas que conhecia (creio que 7) não há grandes mudanças... apenas no som
- toda a gente diz que é mais Beck, eu prefiro Neil Hannon...

E é só isto !

:)

Com tanto trabalho até parece que não sou funcionário público... eh eh eh....

08/03/2004

Fecha-se mais um ciclo...

Escrever sobre rádio nem sempre é fácil, sobretudo em alturas como esta. A rádio portuguesa está a um passo de ficar mais pobre com o desligar da emissão da VOXX (que teve esta madrugada a sua última linha aberta e onde as últimas palavras do animador foram: "até um dia destes").
A VOXX não era uma rádio para audiências e não cumpria as quotas de rádio existentes. A meu ver justificava-se totalmente o estatuto de rádio temática, à semelhança do que acontece com a RDP Antena 2 porque o carácter alternativo que a VOXX sempre teve não era conciliável com 40% de música criada por portugueses (que, efectivamente, se trata de música com o carimbo de editoras portuguesas).
Dizer que era ouvinte regular da VOXX é falso mas até gostava de passar os ouvidos por lá de tempos a tempos, por isso o encerramento da rádio não me passa indiferente, tal como não foi indiferente o fim da XFM e da Rádio Energia/FM Radical. Compreendo as razões que levam um empresário a vender as suas rádios, não compreendo é que vendam às cegas.
Ainda esta noite, enquanto ouvia a linha aberta da VOXX, pensava nas mudanças que ocorreram nos últimos anos nas rádios portuenses:
Nos 90.0FM tivémos Rádio Energia/FM Radical (dirigida por Luís Montêz e propriedade da Lusomundo), que fechou, andou à deriva e depois passou a VOXX. A VOXX está condenada a transformar-se dentro de pouco tempo e não se sabe por quanto tempo em retransmissor Media Capital.
Os 90.6FM, que me lembre, abriram como rádio local para um público mais jovem (partilharam o apoio das Noites Ritual Rock com a RDP Antena 1 durante dois anos, os únicos em que foi possível ver o evento com a merecida atenção na rádio, com emissões especiais, transmissão de concertos, etc.), antes de ir para a Escócia sabia que a rádio estava em vias de encerrar mas quando cheguei ainda vi no RDS o nome NFMPORTO e sosseguei porque, afinal, o Porto ainda tinha uma rádio para massas minimamente aceitável. Passados poucos meses iniciaram-se nessa frequência as emissões experimentais de um canal do grupo Renascença, a Mega FM Porto. Foi um retrocesso. Se em termos de rádio pouco se notou de diferente (a não ser os animadores acelerados e histéricos, que até têm vindo a acalmar e a melhorar), notou-se muito na cobertura de eventos da cidade.
Os 105.8FM são o habitat natural da esquizofrenia Media Capital. A frequência que em tempos pertenceu a uma rádio local de Valongo passou para as mãos da Lusomundo que tratou de a usar (e muito bem) para retransmitir o sinal da XFM (também sob o comando de Luís Montêz). Nessa altura o grupo Lusomundo era líder indiscutível de audiências no Porto com o público mais adulto na TSF, um público mais eclético e curioso por ouvir coisas novas na XFM e o público mais novo e mainstream na Rádio Energia, posteriormente rebaptizada de FM Radical. Mas voltando aos 105.8... Depois da XFM a frequência passou por momentos inexplicáveis: ora não emitia nada, ora emitia programas daquelas "religiões" que todos conhecemos, ora deixava de emitir novamente, ora emitia rádio local... Até que a Media Capital opta por adquirir a frequência, sem nunca ter tido um plano concreto para ela. Mix FM, Continental FM, Best Rock FM são sinais que se podem ir ouvindo por ali, de acordo com a vontade de alguém que está confortavelmente sentado no seu gabinete em Lisboa e desconhece a realidade local.
Pode-se ainda falar dos 98.9FM, até há pouco mais de um ano totalmente detida Sonae. Actualmente a frequência está nas mãos da Sonae e do Eng. Luís Montêz, o mesmo que esteve na Energia/FM Radical, na XFM e no relançamento da Rádio Comercial em 1997. Mais um exemplo de transferência parcial do poder para Lisboa, para uma realidade distante, para um gabinete de Lisboa.
Não é preciso fazer muitos cálculos para se concluir que o Porto, mais do que qualquer outra região do país, vive totalmente dependente da vontade das empresas públicas e dos grupos financeiros sediados em Lisboa no que toca a rádios. A venda e desaparecimento da VOXX confirmam isso mesmo.
A "estória" da "morte aos mouros" do mundo futebolístico representaria a criação de um enorme vazio em termos de meios de comunicação no Porto. Onde está, Porto e portuenses, a nossa identidade?

05/03/2004

Na sombra nunca...

Quando estou mais lixado da tola faço uma coisa que normalmente me arrependo sempre. Não pelo que faço mas pelo $ que gasto.

Falo do Ebay e das coisas magnificas que se encontram por lá...

Nesta altura estou como comprador de um CD do caríssimo DJ Shadow (que já vinha a Portugal pois da outra vez não consegui) intitulado "Product Placement".

Eu já tenho isto em MP3 mas eu sou bicho velho e gosto de ter o disco original, que ainda por cima é uma edição limitada.

São estas aquelas coisas que me fazem sorrir novamente e olhar em frente... a paixão pela música nunca morre !

Mato-me

Fui buscar a música dos Rage Against The Machine "Killing In The Name" pois expressa um bocado aquilo que sinto.

Recentemente trouxe para casa o último registo ao vivo deste colectivo entretanto já falecido e voltei a ter 14 anos. Lembro-me de ouvir isto em casa do meu melhor amigo e de achar "inovador".

Nesta altura é só para partilhar com vocês a letra pois é um pouco como me sinto:

Rage Against The Machine
Killing In The Name


Killing in the name of!
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Huh!

Killing in the name of!
Killing in the name of

And now you do what they told ya ’11 times’
But now you do what they told ya
Well now you do what they told ya

Those who died are justified’ for wearing the badge’ they’re the chosen whites
You justify those that died by wearing the badge’ they’re the chosen whites
Those who died are justified’ for wearing the badge’ they’re the chosen whites
You justify those that died by wearing the badge’ they’re the chosen whites

Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Some of those that were forces are the same that bore crosses
Uggh!

Killing in the name of!
Killing in the name of

And now you do what they told ya ’4 times’
And now you do what they told ya’ now you’re under control ’ 7 times’
And now you do what they told ya!

Those who died are justified’ for wearing the badge’ they’re the chosen whites
You justify those that died by wearing the badge’ they’re the chosen whites
Those who died are justified’ for wearing the badge’ they’re the chosen whites
You justify those that died by wearing the badge’ they’re the chosen whites
Come on!

’Guitar solo: ’Yeah! Come on!’’

Fuck you’ I won’t do what you tell me ’8 times spoken becoming a shout by the 8th time’
Fuck you’ I won’t do what you tell me! ’8 times’ shouted’
Motherfucker!
Uggh!

03/03/2004

O outro lado da versão...

Este é o título de um disco português mas que agora não me lembro de quem... creio que do Kilu... mas isso não interessa agora !

Aquilo que me fez escrever este post foi ao ouvir a versão de "Cry Me a River" (original do Justin Timberlake) pelos Lost Prophets. Para quem conhece esta banda sabe que são meninos do rock, vulgo nu-metal, e que são um pouco fracos mas vão ser grandes. Disso tenho poucas dúvidas...

E sempre tive um gosto especial por versões... das mais loucas às mais sérias...

Agora, sem pensar muito, recordo-me dos Cool Hipnoise com "Come As You Are" (nunca editado) ou dos Irmãos Catita com "Fever". Podia aqui citar mil exemplos, e hei-de fazer, mas agora foi mesmo só para deixar uma nota.

02/03/2004

Lindas, Sensuais e Deliciosas...

Estas três palavras podiam ser a descrição para muitas das canções da minha vida. E são algumas...

Desde cedo me deixei embrenhar pela música ao ouvir as óperas da minha avó no Largo do Rato, os sambas de Chico Buarque e Elis Regina ou a psicadélia dos Beatles.

O título deste post é a reunião das minhas memórias, faltando apenas o assustadoras quando penso no Verdi ou no Chopin.

Mas este post serve para marcar alguns acontecimentos:

- a vinda de Paul McCartney a Portugal
- o aniversário da ida dos Beatles aos EUA
- o carnaval brasileiro
- os (novos) sambas vindos do Brasil

A paixão pelos Beatles é antiga e as primeiras recordações ligadas à rádio foi quando tinha apenas 15 anos e fiz várias emissões piratas para amigas ao som dos discos dos "fab four". Temas como "I Wanna Hold Your Hand" ou "Love Me Do" faziam as delicias de tardes agarrados à aparelhagem a imaginar que elas ouviam, coisa que raramente acontecia. As canções de McCartney e Lennon ficaram para sempre gravadas na memória e sei cantar a grande maioria de trás para a frente.

Quanto ao Brasil a história tem um começo anterior, quando os discos que os meus pais compravam começaram a ser ouvidos nas manhãs e tardes dos fins-de-semana. Quando a Maria Bethânia, o Ney Matogrosso, Chico Buarque ou Elis Regina ocupavam a casa com um português doce e quente. E a vontade de saber um pouco mais sobre aquela música continuo...

Isto tudo serve para dizer que espero conseguir estar presente no 1º dia do Rock in Rio - Lisboa para assistir ao espectáculo de 3 horas de 1/4 dos Beatles pois não acredito que vá ter outra oportunidade igual.

E quanto ao Brasil, nos últimos anos tenho descoberto alguns nomes importantes da cena actual como Otto, Chico Science, O Rappa, Los Hermanos ou Instituto. E que o calor continua a fazer-se sentir bem forte. Tão forte que espero conseguir visitar este ano o país do samba...

Espero em breve conseguir deixar aqui textos mais concretos sobre alguns discos e artistas.

25/02/2004

Octet ... fixem este nome !

Nos ultimos tempos com a entrega de alguns textos para a Mondo Bizarre e para a DIF, tenho dedicado um tempo extra para ouvir uns discos novos.

Como tenho uma forte ligacão com a cultura francofona, direcciono muitas das minhas baterias anti-areas para lá.
Recentemente descobri uma dupla que dá pelo nome de:

OCTET

Vão editar o disco de estreia no dia 22 de Março e tem ja alguns singles e maxis soltos por aí. Casos de "Hey Bonus" ou "Still". Estes artistas movem-se nas areias sempre movediças das novas tendencias da musica de dança e com uma qualidade que ja tinha saudades.

Ritmos sincopados, boas vocalizações e ambientes assustadores... para se ouvir principalmente à noite num clube.

Vale a pena usarem um pouco do vosso tempo e ouvirem (com atenção!) algumas destas musicas. Por isso cliquem aqui: "Funghi" e "Still".



Já agora, Sporto Kantes preparam-se para editar o 2ºvolume das aventuras... fiquem atentos !

Onde (não) anda o D-Mars ?

Este post surge depois de uma breve conversa com o meu caro Carlos Cardoso depois de muito se brincar com a figura de Pharrel Williams (NERD e Neptunes).

O D-Mars é um dos elementos dos Micro e agora também de Mentes Conscientes. Os Micro foram dos primeiros a editarem um trabalho em edição de autor de seu nome "Microestática" (que será reeditado em breve com temas bónus). Entretanto já editou mais um longa duração e um EP com a ajuda de Sagas e DJ Assasino.

No ano passado, seguindo uma linha diferente editou um duplo-álbum com o título "Filho da Selva" mais direccionado para os clubes.

Agora chega a vez de Mentes Conscientes, onde D-Mars e Sagas se aventuram num novo disco, sem o DJ de serviço dos Micro, em Londres.

E perguntamos nós, onde não anda o D-Mars ?

Clica para ouvires o single de estreia:
.

24/02/2004

Férias...

Daqui a sensivelmente um mês estarei a viajar até à cidade-luz para descansar e, como sempre, para ir ver alguns concertos.

Obviamente que se podesse estaria sempre em Londres ou Paris, pois a quantidade e qualidade dos concertos é inacreditável. Da última vez que conversava com o amigo Álvaro Costa, ele confirmava isso mesmo. Se não vejam... quando fui passar um fim de semana a Londres em 3 dias poderia escolher entre: Martina Topley-Bird, Bob Dylan, Black Eyed Peas, Ojos de Brujo, The Cooper Temple Clause ou Kylie Minogue, só para citar alguns.

Mas adiante... agora começo a olhar para o «Les Inrockuptibles» de outra maneira e a fazer contactos para assistir a concertos únicos.

Já tenho confirmada a minha presença em actuações de:

- Daedelus (músico norte-americano que se aproxima do trabalho de DJ Shadow)
- Einsturzende Neubaten (palavras para quê...)
- Trio Mocóto e Seu Jorge (veteranos do samba... vai ser só dançar)
- Le Tigre (a última confirmação...)

E mais algumas visitas a lojas de discos e concertos gratuitos...

Mas imaginem só o que vou perder.... concertos de Franz Ferdinand, NERD, Asian Dub Foundation ou Divine Comedy. Há justiça no Mundo ?

23/02/2004

Cody ChesnuTT

Estou nesta altura a transcrever uma entrevista que fiz aqui há alguns meses com o senhor ChesnuTT. Para quem não sabe é o homem responsável pela música "The Seed" que os The Roots regravaram e com muito sucesso.

O senhor Cody é um homem de fé... muita fé ! Foi essa a maior observação que fiz de toda a conversa que tive com ele (que durou cerca de 40 minutos).

O que interessa saber em termos sonoros é que ele gravou um disco duplo no seu quarto intitulado "The Headphone Marterpiece". Um disco cru, cheio de pequenos grandes momentos e de uma energia imparável. Resumidamente, imaginem aquilo que é denominado como uma maquete mas muito melhor no conteúdo que a maioria dos discos que se ouvem no estilo.

E o estilo é... rock, funk, blues, pop, hip hop, soul, jazz, etc...

Tentem descobrir o rapaz...


Site oficial: www.codychesnutt.com.

17/02/2004

Confesso !

Estava no ano de 98 e durante as muitas horas que passava a ouvir discos, dei de caras com um disco (e uma canção) que me deixou de ouvidos bem abertos.

Era um disco do ano anterior e dava pelo nome de "S.C.I.E.N.C.E." de uma banda californiana de seu nome Incubus. Já tinha ouvido alguns temas destes meninos que misturavam rock pesado com funk e electrónica. A canção pela qual me apaixonei tem o nome de "Summer Romance (Anti-Gravity Love Song)" e continua a marcar-me como da 1ª vez.

Anos mais tarde, durante as várias horas que passava atrás de um balcão das melhores lojas de discos da altura em Portugal, mostrei o tema e o disco a muitos clientes.

Actualmente são das bandas mais conhecidas e odiadas do Mundo. Sobretudo devido ao hype que o "nu-metal" teve.

Entretanto durante esta noite pude falar (pela 4x se não me engano) com mais um elemento da banda sobre o novo disco "A Crow Left of the Murder".

O disco ainda não interiorizei mas confesso... não consigo achar mau.

Entretanto só vos posso dizer para descobrirem a canção de amor "Summer Romance".


Site oficial: www.enjoyincubus.com.

16/02/2004

e da laranja vem...

GOMO

Esta noite, depois da 23 horas, Paulo Gouveia (aka Gomo) apresenta-se ao vivo na "Portugália" de Henrique Amaro (Antena 3).

Este espectáculo de uma hora serve para apresentar pela 1ª vez o seu disco de estreia ironicamente intitulado "Best of". Como ainda não tenho o disco não vos posso dizer muito mais.... apenas que sou um fã deste santareno que acompanho desde o dia 1.

Se quiserem ouvir a transmissão em directo cliquem aqui.
Se quiserem ver ao vivo, aparecem !

12/02/2004

Move-se... e bem !

"She Wants To Move" é o título do primeiro single do segundo álbum de originais dos meninos N*E*R*D.

Depois do(s) muito aclamados "In Search of...", Pharrel Williams e Chad Hugo voltam com pelo menos um single inesperado.

Um tema cheio de groove onde a bateria e o baixo continuam em relevo, sempre de olho no hip-hop mas com sabor a rock, "She Wants To Move" é assim o 1º aperitivo para o disco "Fly or Die".

O video-clip já roda por aí, se quiserem ver cliquem aqui. E também no site oficial da banda, www.n-e-r-d.com.

Se ainda não conhecem, não sabem o que estão a perder ! Eu sou fã !

11/02/2004

Novas bandas com concertos

Hoje recebi duas mensagens na minha caixa de correio onde o essencial é: CONCERTOS!

A primeira mensagem aberta veio da Bor-Land e anunciava dois concertos promocionais do disco de Ölga, ambos em Lisboa e às 23h.. O primeiro, já no dia 13, na galeria Zé dos Bois (Bairro Alto) e o segundo no dia seguinte no bar "Até ao Fim" (Marina, Expo).

A segunda mensagem, apesar de ter como objectivo promover uma banda em particular, dava a conhecer o programa integral do Carnavalapalooza. Desta vez o palco situa-se em Vila Nova de Gaia, no já habitual Hard Club (local onde já ocorreram outras edições do evento) e o programa de dia 21 de Fevereiro é o seguinte:
22h00 - Abertura de portas (DJ Pitch [Vitor Pinto -R.U.M.] e VJ Frank Zapping [Francisco Laranjeira])
00h00 - Le Partisan
01h00 - Fingertrips
02h00 - Fat Freddy

 Ölga  Carnavalapalooza

09/02/2004

Eixo Lisboa - Viena

Os Hipnótica editam amanhã (10 de Fevereiro) o disco "Reconciliaton" numa edição da Metrodisco e distribuição do Blitz.

Esta aventura entre uma editora pequena e o único jornal de música do nosso país já aconteceu por várias vezes com excelente resultados como com Legendary Tiger Man ou mais recentemente Sloppy Joe.

Este disco tem me acompanhado nas minhas viagens nocturnas de carro e posso dizer que consigo ouvir na integra.

Conheço o trabalho dos Hipnótica practicamente desde o ínicio e este novo trabalho mostra um novo rumo. O jazz foi tocado em estúdio com a ajuda de produção de um dos elementos dos Sofa Surfers (que diga-se de passagem é um dos colectivos mais interessantes dos últimos anos). João Branco e companhia criou um disco dificil mas de alta qualidade, só pelo o "artwork" podem ter uma ideia. Para ficarem com o quadro completo já sabem... amanhã 7€50 com o "Blitz".

07/02/2004

Act locally

Ontem recebi um e-mail que me dava a conhecer um programa de rádio da RUBI (Rádio Universidade da Beira Interior) dedicado à música portuguesa e apelavam ao envio de informações, maquetes, etc., etc., etc. relacionados com música portuguesa para um programa que está no ar desde o passado dia 15 de Janeiro.
Da minha parte só posso desejar em nome de toda a equipa Ponte Sonora as maiores felicidades para o programa e lamentar o facto de não terem sido facultadas informações adicionais como o(s) dia(s) da semana e o horário em que o programa vai para o ar e como se pode fazer para o ouvir. Se alguém da Beira Interior tiver essa informação e quiser partilhá-la connosco, a gerência agradece.
Também agradecemos desde já todas as informações que nos possam dar sobre outras rádios/programas de divulgação de música portuguesa, para que os restantes leitores possam usufruir de uma diversidade que se calhar desconhecem.

02/02/2004

Finalmente (outra vez)

Em Setembro o meu amigo e colega Gonçalo escreveu aqui o primeiro post com o título Finalmente.... Praticamente 5 meses depois criaram-se condições para falarmos no 2º finalmente, graças ao empenho e criatividade do meu amigo de longa data Miguel Ferraz.
Daqui a dois ou três "finalmentes" perceberão o que estamos para aqui a dizer... Párem de ligar para o Magalhães Lemos e para o Júlio de Matos, a sério. Espero só que os próximos finalmentes não sejam tão distanciados como estes iniciais.

Resta-me dizer OBRIGADO MIGUEL E BEM-VINDO À PONTE (não te atires)!

30/01/2004

Gremlins 03

Ao longo dos últimos anos tenho acompanhado como espectador ou profissionalmente a entrega dos Grammy Awards. É provavelmente a maior festa da música mundial, juntamente com os MTV Video and Music Awards (isto é, a edição norte-americana).

Sinceramente sou adepto do showbizz (uma palavra que aprendi a usar com o caro Álvaro Costa) todo o espectáculo que se apresenta e que está por trás destas cerimónias fantásticas ligadas ao mundo da música. Infelizmente nunca consegui assistir a nenhuma "live and kicking" e nos últimos 2 anos esteve perto. Talvez durante este ano... quem sabe... em Lisboa. Mas isso são outras histórias...

Estou a preparar a próxima transmissão da cerimónia da 46ª edição dos Grammys (ou Gremlins para os amigos). E sinceramente estou a gostar de voltar a ouvir com atenção os discos de Justin Timberlake (adorava ter o DVD, confesso), Eminem (8 Mile), Beyoncé, Outkast (continua a rodar no carro), Neptunes (Pharrel Williams estás lá!), Jay Z (porquê descobri este senhor tão tarde?) e as bandas-sonoras de "Kill Bill", "Chicago" ou "School of Rock".

Enfim... muitos discos... muitas canções e muita diversão !

Quem quiser pode acompanhar apartir de Domingo (dia 8) depois da meia-noite pela CBS (TV) ou pela Antena 3 (rádio).

Todas as informações em: www.grammys.com.

XXV

É assim que se deve assinar o 25º aniversário dos Xutos & Pontapés !

E não me esqueci...

21/01/2004

O círculo (semi)perfeito

Acabei de chegar a casa depois do concerto de A Perfect Circle no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.

E o que vos posso dizer ?

Acho que o 1º álbum "Mer de Noms" resulta melhor que o mais recente "Thirteen Step". Acho que Maynard James Keenan é O vocalista de rock do século XXI. Acho que visualmente resultam menos do que Tool. Acho que ouvir uma secção ritmica como a que se apresentou é preciso. Acho que ver Twiggy Ramirez vestido de fato e James Lha com o cabelo louro platinado é "weird" mas muito cool.

Acho que foi um bom concerto ! Bom !

Pena os homens de verde terem atacado hoje o meu 4x4. :(

Ainda esta semana vou deixar aqui uma imagem desta actuação...

20/01/2004

Ary...

"Estrela da Tarde"

Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia

Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia

Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza

Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram

Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram

Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto

Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto!

por José Carlos Ary dos Santos

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E desta forma presto a minha singela homenagem a um grande poeta...

Já agora... a dupla de escritores de canções que formava com o Fernando Tordo... ainda existe em Portugal quem trabalhe assim e com a qualidade destes ?


GC presents...

David Holmes and The Free Association



Quem não conhece este senhor devia !

Ele foi o responsável por bandas-sonoras de "Out of Sight" ou "Ocean's Eleven" (e já se diz que já está a trabalhar no "Ocean's Twelve").

Este é o seu úlitmo disco, já com data de 2002, mas que quando se ouve é preciso parar !

13/01/2004

Direito de resposta

Depois de ler o texto sobre a rádio não podia deixar aqui de expressar a minha opinião.

Creio que não sabem mas eu trabalho em rádio. Sou produtor e agora tenho também o prazer de fazer locução e de vez em quando tocar um ou outro tema da minha alegria.

Esta é uma aventura que começou em 95 enquanto adolescente... em minha casa com um grande amigo a tocar discos para as meninas da zona. Na altura ouvia-se desde Beatles (sempre!) até Muddy Waters... e a alegria é muita. Tenho pena de não encontrar as K7 com as gravações. Mas já passaram quase 10 anos e sempre estive aqui... sempre ligado à música.

Acho que aquilo que me puxou para a rádio foi a alegria de ouvir aquele tema que ninguém toca, aquele artista novo ou o último trabalho da banda X. E com a emoção, palavra e enquadramento de quem nos apresenta.

Será que descobrem a minha opinião ?

Acho que sim !